A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres organizam uma mobilização para o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A ação acontecerá no dia 22 de julho, das 10h às 14h, em frente ao Teatro Ouro Verde, no Calçadão.

O objetivo é esclarecer as dúvidas e informar a população sobre a violência doméstica e familiar e acerca do feminicídio. Serão entregues materiais contendo informações sobre os serviços à disposição das mulheres e os canais de denúncia para as vítimas de violência.

Em Londrina, somente no primeiro semestre deste ano, 224 mulheres foram atendidas pelo setor de acolhida do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CAM) e outras 154 pelo setor de busca ativa (que vai até as vítimas informadas diretamente pela rede de serviços de saúde, assistência social e outras).

Ao todo, no CAM (que faz parte da secretaria de Políticas para Mulheres), 4.140 atendimentos foram realizados às vítimas nos seis primeiros meses deste ano, entre orientação jurídica, atendimento psicológico e de serviço social. Entre essas vítimas, a Casa Abrigo Canto de Dália acolheu 76 pessoas, sendo 29 mulheres que sofreram tentativas de feminicídio ou grave ameaça e 47 seus filhos menores de 18 anos.

INFORMAÇÃO E VISIBILIDADE

A secretária municipal de Políticas para as Mulheres em exercício, Rosangela Portella Teruel, explicou que o ato ão do dia 22 de julho será a primeira mobilização presencial da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica no período pós-pandemia Covid.

LEIA TAMBÉM:

+ 'Uma Segura a Mão da Outra' no Dia Internacional da Mulher

+ Secretaria da Mulher retoma as oficinas presenciais em Londrina

+ Néias divulgam estudo sobre feminicídios em Londrina

Segundo Teruel, a intenção é mostrar os canais de denúncia e informar às mulheres as formas de violência, além dos serviços especializados existentes em Londrina, como o CAM, a Casa Abrigo, a Delegacia da Mulher, e a Vara e a Patrulha Maria da Penha. “É fundamental que as mulheres saibam reconhecer se estão vivenciando uma situação de violência, para buscarem ajuda e conseguirem romper o ciclo de violência. Isso porque as violências acontecem de forma gradativa, se intensificam em cada situação vivenciada, e podem chegar até a sua forma mais grave, que é o feminicídio”, explicou.

Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Sueli Galhardi, a ação preventiva e educativa é importante porque dá visibilidade ao assunto e faz com que ele chegue até mais pessoas. “Essa parceria da Secretaria da Mulher com o Conselho e a Rede de Enfrentamento é fundamental, porque mostra que existem serviços integrados dialogando para o fortalecimento dos direitos das mulheres. É uma iniciativa preventiva, porque a informação realmente pode salvar a vida das mulheres e, cada vez que divulgamos isso, trazemos mais mulheres para os serviços”, afirmou.

COMO DENUNCIAR

As mulheres em situação de violência doméstica e familiar podem entrar em contato diretamente com o CAM, pelo telefone 3378-0132. Também é possível comparecer ao endereço na Avenida Santos Dumont, 408, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem necessidade de agendamento prévio.

Também estão à disposição outros serviços, como a Delegacia da Mulher, pelo número (43) 3322-1633, que atende por telefone e por WhatsApp; o Plantão da Delegacia da Polícia Civil, no (43) 3378-3000 (funciona 24 horas por dia); a Central de Atendimento à Mulher 24 horas pelo Disque 180; a Polícia Militar no Disque 190; e a Patrulha Maria da Penha. pelo 153.

A Prefeitura de Londrina disponibiliza uma lista completa com todos os endereços e telefones de contato dos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Para acessá-la, basta clicar no link a a seguir: https://portal.londrina.pr.gov.br/telefones-uteis.

VÍDEOS EXPLICATIVOS

Outras ações – Além do ato no Calçadão, a Secretaria de Políticas para as Mulheres vai veicular nas suas redes sociais vídeos explicativos sobre o assunto. Eles fazem parte do projeto Secretaria da Mulher Informa, e poderão ser assistidos nos perfis da pasta no Instagram e Facebook.

Outra atividade será o Fórum Regional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, evento promovido pelo escritório regional da Secretaria Estadual da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres. O fórum começará na próxima quarta-feira (20), às 9h, na sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, na Rod. Celso Garcia Cid, km 375, Conjunto Ernani Moura Lima II (antigo Iapar). Os encontros serão mensais, devendo ocorrer até novembro, e destinados aos profissionais da rede de enfrentamento à violência de municípios integrantes da regional.

Além disso, na próxima quinta-feira (21), às 14h, as servidoras do CCAM farão uma roda de conversa com a comunidade atendida pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Elas abordarão diversos temas, entre eles o combate ao feminicídio.

TATIANA SPITIZER

A data oficial de 22 de julho visa conscientizar a população sobre a importância do combate a todos os tipos de violência, como a agressão física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. Ela foi instituída no Estado do Paraná em memória ao feminicídio da advogada Tatiana Spitzner, ocorrido em Guarapuava (Centro), em 2018.

Além desse dia, em Londrina, há a semana de conscientização sobre os direitos humanos das mulheres e o combate ao feminicídio, que vai de 22 a 29 de julho. Essa semana transformou-se em norma legal no dia 21 de outubro de 2019, quando o prefeito Marcelo Belinati sancionou a Lei Municipal nº 12.939. (Com informações do N.Com)

****

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1