Feriado prolongado movimenta o Parque Arthur Thomas

Com o feriado de Corpus Christi (16) prolongado, o Parque Arthur Thomas, na zona sul de Londrina, vem recebendo visitantes que, aos poucos, estão voltando a utilizar o espaço como opção de lazer. O Arthur Thomas é o último remanescente florestal de grande porte localizado na área urbana de Londrina, mas passou por longos períodos de fechamento devido aos estragos provocados pela chuva e também por causa da pandemia do coronavírus.

O local estava fechado desde março de 2020 e voltou a receber o público em janeiro deste ano. "Fazia mais de dois anos que eu não passeava por aqui. Fiquei sabendo que ele foi reaberto e que tinha passado por algumas melhorias. Hoje eu resolvi trazer minha mãe e meus dois sobrinhos para conhecerem e parece que está melhor cuidado sim", comentou a moradora da zona norte, Bruna Brites Duque.

O Parque Arthur Thomas é reconhecido como Unidade de Conservação desde 1994. No local é possível observar animais como quatis, macacos-pregos, tatus, cotias, cágados, lagartos e diversas espécies de aves, incluindo garças, jacus e sabiás-laranjeira.

Toda essa diversidade ganhou a atenção de Fabiana Sauer, que conheceu o parque nesta sexta-feira (17). Ela mora em Mafra (SC) e veio a Londrina no feriado para visitar os amigos. "Os macacos chegam pertinho. Achei muito interessante e acabei fazendo vídeos e fotos. Só achei ruim o fato de a lanchonete estar fechada", disse.

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TRILHAS

O Parque Arthur Thomas possui três trilhas liberadas para visitação: Beija-Flor, do Lago e do Tatu. Esta última foi reaberta há poucas semanas, após ficar quatro anos interditada por conta dos deslizamentos de terra causados por tempestades. Nos últimos meses, o trajeto de 1.200 m de extensão recebeu diversas ações de manutenção e segurança, incluindo retirada de troncos e galhos, roçagem do mato e trabalhos de desobstrução.

De acordo com o gerente de Parques e Biodiversidade da Sema (Secretaria Municipal de Ambiente), Jonas Pugina, a Trilha do Tatu oferece ao visitante a oportunidade de um contato mais próximo com a natureza. “É um caminho não pavimentado, que passa pelo meio da mata e permite que as pessoas contemplem várias espécies de árvores nativas que não são encontradas com facilidade na cidade, como peroba-rosa, araucária e pau-jacaré, entre outras”, disse. Outras atrações sãoo lago situado no centro do Parque e a Cachoeira do Beija-Flor, que tem 25m de altura e possui um mirante.

MELHORIAS

Ao transitar pelo parque, é possível notar alguns problemas de manutenção. Em alguns pontos, há lixo espalhado como garrafas pets e outros plásticos, assim como na sinalização. O casal Debora e Diego Rorato veio de Cascavel (Oeste) para um casamento e resolveram revisitar o parque.

"Já moramos em Londrina durante 12 anos e conhecíamos esse lugar, mas fazia mais de 10 anos que a gente não vinha e nos programamos para trazer nosso filho. Ainda não andamos por tudo, mas deu para perceber que falta um pouco de cuidado na conservação, como as placas de sinalização, por exemplo. Ficamos meio sem saber qual caminho seguir", afirmou Débora.

A FOLHA procurou a Sema para repercutir a questão dos serviços de manutenção, do funcionamento da lanchonete e do projeto de revitalização, mas não houve retorno até o momento. Em 2020, o Consema (Conselho Municipal do Meio Ambiente em Londrina) aprovou o repasse de R$ 5,6 milhões do Fundo Municipal do Ambiente para a Sema, para revitalização do Parque e o desassoreamento do ribeirão Cambé. (Com N.Com)

SERVIÇO: O Parque Municipal Arthur Thomas fica na rua da Natureza, 155, Jardim Piza, zona sul. A unidade funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, e tem entrada gratuita.

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