A liberação do cadastro para vacinação contra a Covid-19 em Londrina para adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades foi recebida com alegria por centenas de pais de filhos com esse perfil. Segundo a prefeitura, o agendamento para essa faixa etária vai depender da chegada de mais doses de vacinas que garantam o avanço gradual dos imunizados, que atualmente se encontra na faixa dos 21 anos.

Imagem ilustrativa da imagem Famílias de Londrina com adolescentes na expectativa pela vacina
| Foto: Mariléia Marcolina - Divulgação

A dona de casa Alessandra Balekian Fanelli está entre as mães que comemoraram o anúncio da liberação do cadastramento para adolescentes com comorbidades. “Essa notícia foi recebida com alívio e alegria. Desde o mês junho, quando a Pfizer divulgou um estudo que diz que a vacina é segura para pessoas a partir dos 12 anos, eu e diversas mães de crianças com deficiência estávamos aguardando essa possibilidade”, afirma.

Integrante da Afel (Associação Famílias Especiais de Londrina), criada em 2016 e que hoje conta com 250 associados, Fanelli celebrou o fim de uma angústia que a acompanha desde o início da pandemia. “Por meio da Afel, a gente já tinha protocolado vários pedidos para que a imunização fosse liberada para esse grupo. Porém, a secretaria municipal de Saúde respondeu que precisava aguardar a liberação do Ministério da Saúde. Finalmente esse momento chegou. Agora é só esperar para o agendamento seja liberado”, ressalta.

Ela enfatiza que a imunização vai permitir que sua filha Isadora, 13, volte a ter uma vida social. “Ela tem paralisia cerebral que, apesar de ser leve, provoca dificuldades motoras. Por precisar da ajuda de outras pessoas para se locomover, optamos por não levá-la para a escola para evitar que o contato com outras pessoas pudesse colocá-la em risco. Ela também não tem se encontrado com as amigas. Depois da vacina poderemos voltar a ter uma rotina normal seguindo os protocolos de segurança”, ressalta.

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SEGURANÇA

O infectologista londrinense Arilson Morimoto explica que a demora para a liberação da vacina para adolescentes a partir dos 12 anos se deve a questões de segurança. “Sempre que uma vacina é liberada, aguarda-se a imunização em massa para verificar sua eficácia e se não haverá risco de reações adversas. No caso da Astrazeneca, por exemplo, verificou-se com o passar do tempo que havia efeitos indesejáveis em gestantes. A partir daí a vacina foi proibida para esse grupo. Como estudos recentes mostraram que a vacina contra a Covid-19 é segura para adolescentes, essa liberação está sendo feita agora no Brasil”, esclarece.

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| Foto: Gustavo Carneiro

Segundo o médico, quanto menor a faixa etária, mais critérios devem ser observados em relação à vacinação. “A imunização começou pelos idosos porque era o grupo que registrava mais óbitos causados pela Covid. Como o número de mortes causadas pela doença em crianças é baixo, muitos estudos precisam ser feitos antes de autorizar a imunização para menores de 12 anos. Isso porque os efeitos da vacina para faixas etárias baixas podem ser mais arriscados do que as reações causadas pelo coronavírus. E para ter essa segurança é necessário que os estudos avancem. Vale destacar que até o momento a vacinação contra o coronavírus tem se mostrado segura e o seu andamento está sendo bastante ágil”, detalha.

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