A empresa responsável pela construção da sede do Samu em Londrina pediu uma nova prorrogação de prazo. Agora, a construtora quer mais cinco meses para finalizar a obra, que está sendo executada na avenida Dez de Dezembro, ao lado da rodoviária, na zona leste. Desde que a ordem de serviço liberando a obra foi assinada, em julho de 2020, o município já concedeu dois aditivos de tempo.

Estrutura está sendo levantada na avenida Dez de Dezembro, próximo à Rodoviária
Estrutura está sendo levantada na avenida Dez de Dezembro, próximo à Rodoviária | Foto: Pedro Marconi - Grupo FOLHA

O primeiro foi de 72 dias, prorrogando as intervenções de julho de 2021 até setembro. O segundo deu mais 120 dias, com duração até 21 de janeiro deste ano. O período inicial previsto em contrato para finalizar os trabalhos era 12 meses. Na nova solicitação, encaminhada à prefeitura no mês passado, o sócio e administrador da MTX Construções, que tem sede em Palmitinho (RS), fez uma série de alegações para justificar a reivindicação.

Entre os argumentos, o responsável diz que a obra começou em meio à pandemia, fazendo com que os insumos demorassem para ser entregues. Ele também alega que o poder público municipal não autorizou o prazo que havia sido demandado em outros pedidos, precisando ser revistos neste momento. “De 144 dias foram aditivados apenas 27 dias, restando 117 dias extremamente justificados que não foram aditados”, pontuou o empresário.

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Outro apontamento é a realização de reajustes no projeto, o que segundo ele, “demandou tempo de análise e definição do setor responsável, pois, havia necessidade de alterações, impactando significativamente na evolução da obra.”

De acordo com secretaria de Planejamento,  construtora precisa finalizar o acabamento no prédio principal e no piso, entre outros itens
De acordo com secretaria de Planejamento, construtora precisa finalizar o acabamento no prédio principal e no piso, entre outros itens | Foto: Pedro Marconi - Grupo FOLHA

Encarregado de uma série de vistorias a obras públicas, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, adiantou que a prefeitura deverá liberar o terceiro aditivo de prazo, entretanto, num intervalo menor do que foi solicitado pela empresa. O tempo exato que será avalizado ainda não foi definido e vem sendo analisado. Canhada esteve na construção da sede do Samu na semana passada.

“Está faltando acabamento no prédio principal e piso. Estão terminando de passar a fiação, as paredes receberam reboco, também precisam finalizar a obra de drenagem da água pluvial para jogar na galeria. Terminando isso já conseguem colocar o piso paver e a grama em volta do heliponto. O serviço de obra civil já está concluído. Pediu mais tempo, acredito, no sentido de precaução”, explicou o secretário. “Cobrei o engenheiro para dar celeridade. Reafirmei que a empresa está correndo risco de processo de penalidade”, acrescentou.

RECLAMAÇÃO

No pedido direcionado à prefeitura, a construtora reclamou sobre a demora para a concessão de reequilíbrio financeiro diante dos aumentos nos preços dos materiais. “Há de se considerar que não há como a empresa executar os trabalhos sem a devida remuneração, pois já vem arcando com prejuízo mensal médio de R$ 130 mil em razão do descompasso dos valores contratados com os de mercado, sem que haja a devida análise de seu pedido de reequilíbrio. Sem isso, não há como falarmos de agilidade e celeridade da obra, pois seria somente acelerar o prejuízo e o endividamento da empresa”, relatou.

Canhada disse que os aditivos são analisados de forma conjunta pelas secretarias de Obras e Pavimentação e a de Gestão Pública. “Têm regras para fazer o pedido. Se cumpre todas as regras e demonstra que o item teve aumento acima do que é normal, e houveram em função da pandemia, a prefeitura vai conceder. Se não comprovar, não. Tudo é feito com muita transparência. Cada obra tem um fiscal e um gestor que definem a conveniência ou não do aditivo”, pontuou.

ESTRUTURA

A sede do Samu está sendo levantada no terreno onde no passado existia um posto de combustíveis, que foi desativado em 2011. O custo é de R$ 4,5 milhões, recursos do Governo do Estado e contrapartida do município. O prédio terá quatro andares, com construção de salas de rádio, enfermagem, administrativa, banheiros, alojamentos, almoxarifado e auditório.

Atualmente, o serviço conta com duas bases, que funcionam em endereços diferentes: uma para as atividades de regulação e outra para abrigar ambulância e veículos. O helicóptero é no aeroporto Governador José Richa. O Samu de Londrina abrange 21 município da região. “Essa sede vai dar condição para os quase 200 profissionais oferecerem serviços de qualidade, fazendo com que as pessoas sejam atendidas de forma mais célere. Mais importante do que o atraso é que seja entregue”, ponderou o secretário de Planejamento.

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