A secretaria municipal de Educação de Londrina vai orientar as direções das escolas da rede e as famílias, a partir desta semana, sobre a recomendação para utilização da máscara de proteção dentro das instituições. Desde março, o uso do acessório é opcional no Paraná em ambientes abertos e fechados, o que também serve para as unidades de ensino. Na última sexta-feira (13), como mostrou a FOLHA, a secretaria de Saúde oficiou a pasta da Educação sobre a necessidade de reforço das medidas de prevenção à Covid-19.

Entre as justificativas pontuadas no documento estão as mudanças climáticas, em que as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados; o aumento do número de casos confirmados de coronavírus, além do crescimento “dos outros vírus respiratórios, inclusive, com internação de casos graves em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), tendo muitas crianças suscetíveis; e a Hepatite Aguda fulminante de etiologia desconhecida.

“Vamos acatar a recomendação e dar ciência para os diretores e pais. Nesse processo tivemos um fato interessante: cerca de 20% das crianças não tiraram as máscaras. Temos muitos professores e demais profissionais que também não tiraram a máscara”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

Por enquanto, está descartada a possibilidade de tornar obrigatória a máscara dentro das escolas municipais, CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e CEIs (Centros de Educação Infantil). “A escola tem máscara descartável para oferecer e vamos ter que normalizar o uso da máscara. Vamos respeitar a decisão de cada família, professor e profissional (sobre usar ou não a máscara)”. A utilização da máscara segue obrigatória apenas para casos suspeitos e confirmados.

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A Saúde também sugeriu o uso de álcool em gel, distanciamento social, na medida do possível, ventilação dos ambientes e a não utilização ar condicionado. “Na presença de qualquer sintoma gripal, não comparecer na escola ou nas suas atividades habituais”, indicou.

PARTICULARES

A mesma recomendação foi enviada para as escolas particulares. “Existe um aumento no número de casos (de Covid), mas isso ainda não se refletiu no aumento de internações e nem na gravidade desses casos. Por precaução, até que tenhamos a exata noção dessa situação, sugerimos que as pessoas utilizem máscara. Dentro do ambiente escolar, como são muitas crianças, professores, pessoas juntas, a circulação viral acontece com mais facilidade”, afirmou o prefeito Marcelo Belinati.

NÚMERO DE CASOS

Entre fevereiro - início do ano letivo – e abril foram contabilizadas 576 positivações da Covid-19 entre alunos, professores, coordenadores, diretores e demais funcionários. A rede conta com mais de 46 mil estudantes. Nove turmas precisaram ser fechadas em razão dos casos, sendo seis em fevereiro e três nas primeiras duas semanas de maio. Maria Tereza Paschoal de Moraes frisou que os números não significam que a contaminação ocorreu dentro do ambiente escolar.

“Continuamos monitorando. As escolas seguem o plano de biossegurança, quando têm casos informam a secretaria de Educação. Dentro de uma normalidade, entendemos que os casos vão acontecer. Existe regra da Vigilância, que faz a suspensão (da turma) se entender que é necessário. Neste momento aumentou tanto que não sabemos onde pegou”, defendeu. Londrina registrou em 14 dias de maio 1.816 novos casos de coronavírus.

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