A disparada de casos confirmados de Covid-19 fez a Prefeitura de Londrina religar o alerta com as infecções que ocorrem no ambiente escolar. Na tarde da última sexta-feira (13), o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, despachou um ofício à Secretaria de Educação com várias medidas para tentar conter o avanço da doença.

Imagem ilustrativa da imagem Com Covid-19 em alta, Saúde recomenda uso de máscaras em escolas municipais
| Foto: Emerson Dias/N.Com

Segundo os boletins emitidos diariamente do panorama da Covid-19 na cidade, a média móvel da última semana é de 177 novos casos por dia. O pico foi terça-feira (10), quando Londrina registrou 314 infectados.

LEIA MAIS

Londrina aplicou R$ 84 mil de multas em quem se recusou a usar máscara

Machado sugeriu o uso de máscaras, mas sem especificar se a recomendação valeria também para os alunos. Além disso, indicou a utilização de álcool em gel, distanciamento social "na medida do possível", janelas abertas e não usar ar-condicionado.

No documento, o secretário pede que "na presença de qualquer sintoma gripal, o profissional ou aluno não compareça na escola nas suas atividades habituais". Ele foi procurado pela FOLHA para esclarecer detalhes do ofício, mas não retornou o contato.

Felippe Machado justifica as prevenções contra a Covid-19 "pelas mudanças climáticas e previsão de queda acentuada de temperatura, situações em que as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados".

O secretário ressalta a preocupação com o coronavírus, mas também com a hepatite aguda em crianças, ainda de origem desconhecida.

Segundo a Agência Brasil, o Ministério da Saúde identificou 41 casos no Brasil em nove estados. Dois deles foram confirmados no Paraná. O órgão criou um setor com técnicos para monitorar a doença.

A reportagem também tentou contato com a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, mas ela não respondeu as mensagens.

DESOBRIGAÇÃO

A recomendação da Secretaria de Saúde é válida para as 88 escolas municipais, 33 CMEIS (Centros Municipais de Educação Infantil) e os 58 CEIs filantrópicos (Centros de Educação Infantil).

A máscara, por exemplo, deixou de ser obrigatória em espaços fechados como as salas de aula no final de março, quando a prefeitura, seguindo uma norma do Governo do Estado, desobrigou o uso do acessório.

O decreto vigente determina apenas a obrigatoriedade em estabelecimentos de saúde, como farmácias, hospitais e unidades básicas. Antes, a máscara não precisava mais ser utilizada em locais abertos.

VOLTA PRESENCIAL

A rede municipal, que contempla um universo de quase 46 mil estudantes, retornou de modo 100% presencial no começo de março. A Secretaria de Educação justificou a volta das atividades pela queda de casos e a vacinação em massa no público infantil.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1