Uma reunião no início desta semana com representantes dos feirantes, CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e Legislativo definiu que as feiras livres de Londrina voltarão a contar com banheiros químicos

Uma lei municipal de 2012 autoriza o Executivo a disponibilizar sanitários nestes espaços, entretanto, faz cerca de sete anos que as feiras não contam com a estrutura. “Se dá vontade de urinar, por exemplo, ou tem que segurar até voltar para casa ou pedir em algum vizinho”, reclamou o aposentado Marco Antônio de Oliveira, que na manhã de terça-feira (14) estava na feira do jardim Califórnia, na zona leste.

De acordo com o presidente da companhia, Marcelo Cortez, uma licitação será lançada nas próximas semanas para que uma empresa seja contratada para fornecer e se responsabilizar pela manutenção dos banheiros. A expectativa é que em até 90 dias, se não houver intercorrências, o processo esteja finalizado. Londrina tem aproximadamente 40 feiras livres.

“Em algumas feiras teremos que fazer a logística, já que têm apenas um feirante ou poucos. Estamos fazendo o levantamento como todo procedimento que antecede o processo licitatório para que possamos começar o serviço tão logo (a licitação) seja homologada. São várias feiras e com locais e horários diferenciados. Faremos da melhor forma para que atenda o interesse público, feirantes e frequentadores”, garantiu.

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Pelo menos 259 feirantes estão cadastrados junto à CMTU para atuar nas feiras livres. Recentemente, eles entraram com uma ação na Justiça contra a prefeitura cobrando a instalação dos banheiros.

“Recebemos com alegria (o compromisso da CMTU), porém, tivemos que entrar com a notificação para ter essa esperança e, mesmo assim, vamos aguardar os trâmites e acelerar o diálogo com a prefeitura. Não dá para esperar todo esse processo. As feiras de Londrina são uma das poucas do Brasil que não são contempladas com banheiros químicos”, criticou Sylvio Costa, representante dos feirantes.

O prefeito Marcelo Belinati justificou a demora para resolver o impasse por uma questão jurídica. “Quando assumimos a prefeitura existiam dois contratos dentro do poder público para aluguel de banheiros químicos: um na prefeitura e outro na CMTU. O preço era diferente e havia uma análise dos órgãos de controle se isso era correto ou não. Em razão dessa dúvida jurídica ficou suspenso durante esse período. Como foi arquivado, nossa equipe técnica ampliou o estudo jurídico para que possamos voltar a oferecer os banheiros nas feiras”, argumentou em resposta ao questionamento da FOLHA.

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