Pequenos ou grandes, peludos ou não, com pedigree ou os queridos vira-latas, os cães são capazes de derreter o coração de qualquer pessoa, principalmente se for aquele filhotinho bem desengonçado.

A zootecnista do curso de Medicina Veterinária da Unopar, Laís Belan Moraes, diz que os cães são ótimos companheiros para os seres humanos. A criança que convive com cães torna-se mais afetiva, generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos fatos, se sensibiliza mais com as outras pessoas em diversas situações.

Além disso, cuidar de um animal propicia à criança uma noção de responsabilidade e respeito à vida. Mas não só para as crianças, os cães são importantes para nós, adultos, pois nos fazem companhia.

Com os idosos, o animal estimula o carinho e afetividade, melhorando a saúde, além de ficarem mais dispostos a sair de casa e passear, levando o amiguinho.

“Durante a pandemia de coronavírus, a procura por adoção de animais de estimação cresceu bastante, o que foi ótimo. Mas devemos sempre nos lembrar que os cães, e os outros animais de companhia, são seres que precisam de cuidado, atenção e muito carinho. Assim, a decisão de ter um animal em casa precisa ser pensada com responsabilidade”, opina.

A zootecnista elenca algumas curiosidades que todo pai e mãe de pet deve saber sobre os cães.

1. Por que fazem carinhas irresistíveis?

O seu cachorro sabe bem como conseguir o que quer e, para isso, faz caretas irresistíveis de propósito. Pesquisadores da Universidade de Portsmouth, nos Estados Unidos conduziram um estudo com ajuda de um dispositivo, em que analisaram os músculos faciais de 27 cachorros. O resultado foi a constatação de que os cães que mais levantavam a sobrancelha e arregalavam os olhos foram adotados mais rápido no abrigo em que estavam à espera de um dono.

Acredita-se que esse comportamento também era comum entre os lobos, seus parentes distantes - conseguindo assim serem aceitos entre os humanos - e ficou registrado na memória dos cães. Os estudos mostram que quando os cães arregalam os olhos e erguem a sobrancelha acaba gerando um sentimento de empatia pelo humano, além do desejo de cuidar.

Já outro estudo, conduzido pela faculdade de medicina da Universidade de Howard, também nos Estados Unidos, indicou que os cachorros desenvolveram músculos ao redor dos olhos e do focinho, o que acabou, durante milhares de anos de evolução, reforçando laços e a comunicação com o ser humano.

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2. Por que giram antes de deitar-se?

Não, o seu cachorro não está maluco. Esse comportamento foi herdado dos ancestrais lobos, e nada mais é do que uma forma de defesa contra predadores. Ao girar, os cachorros conseguem sentir a direção do vento, que poderia espalhar o cheiro do seu corpo. Para se defender, eles se deitam na direção contrária do vento, e caso algum outro animal sinta o seu cheiro e se aproxime para atacar, ele já estará em uma posição de frente, de defesa.

3. Cães são inteligentes

Especula-se entre cientistas que os cachorros têm uma inteligência que pode ser equiparada à uma criança de dois anos de idade, podendo compreender até 250 palavras e até alguns numerais. Além disso, qualquer tutor sabe como a comunicação dos cães é clara e objetiva: o cachorro sabe muito bem como mostrar ao seu humano quando está com fome, sede, ou ainda quando quer pedir alguma coisa, desenvolvendo formas efetivas de comunicação.

4. Sentimentos e sentidos aguçados

Assim como nos humanos, os sentidos são divididos em cinco: olfato, audição, visão, tato e paladar. Mas o que chama bastante atenção são os três primeiros.

O olfato é um sentido bem marcante nos cães, assemelhando-se a uma digital humana, ou seja, nenhum cachorro tem o focinho igual ao de outro. Por isso utilizam o olfato para identificação individual. Os cães possuem até 220 milhões de células olfativas - os seres humanos têm apenas 5 milhões. Possuem até trinta vezes mais sensores olfativos que um ser humano, permitindo aos cachorros até farejar doenças no organismo dos seres humanos a partir do cheiro de proteínas que indicam doenças, como o câncer e o diabetes.

A audição dos cãezinhos também se destaca. Por meio das orelhas que direcionam e identificam de onde está vindo aquele som em seis centésimos de segundos, conseguindo ouvir frequências que o ser humano não consegue. Conseguem também ouvir a uma distância quatro vezes superior à de um humano. Estas características fazem com que eles consigam diferenciar as palavras ditas pelo seu dono.

Quando se trata da visão, não é verdade o que se diz popularmente de que os cães não enxergam cores. Eles podem sim vê-las, mas em tons suaves. Além disso, conseguem enxergar melhor em ambientes com baixa iluminação, por isto, a visão noturna dos cães é mais apurada que dos homens’.

Os cães também podem sofrer de depressão. Não existe idade específica para que o animal apresente esse quadro, e os tutores devem ficar atentos aos sintomas, que se assemelham à depressão do ser humano. O animal geralmente apresenta tristeza, podendo até ter sintomas físicos, como perda de apetite e sonolência.

O quadro pode ser desencadeado pela perda de um habitante da casa, mudanças na configuração familiar ou ainda, em razão de ficarem muito tempo sozinhos ou socializarem pouco. E olha que curioso: os cães podem se apaixonar (pelo dono e pelos moradores da casa), e isso acontece por conta da liberação do hormônio oxitocina, também chamado de “hormônio do amor”, o mesmo produzido pelos humanos quando estamos em situações com pessoas que amamos.

5. Por que marcam território?

Esse é comportamento natural, que vêm de seus ancestrais. Pode ser um comportamento apresentado por machos e fêmeas, mas geralmente são os machos que mais marcam território, principalmente quando se sentem ameaçados (por um outro animal, por exemplo) e apresentam a necessidade de se impor como um membro daquele espaço; ou incomodados (barulho, obra em casa ou algum outro fator externo). Assim, marcar território significa "proteção".

A principal característica do comportamento de marcação de território é que a urina é liberada pelo animal em menores quantidades, ou seja, um "xixi mais curtinho" e com um odor mais forte, ao contrário do xixi comum, que é em maior quantidade e com odor mais fraco. (Com informações da Assessoria da Unopar)

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