| |

Últimas Notícias 5m de leitura

Liderança de caminhoneiros da greve de 2018 reclama de efeitos da guerra na Ucrânia

ATUALIZAÇÃO
09 de março de 2022

JOANA CUNHA
AUTOR

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Desde segunda-feira (7), as lideranças dos caminhoneiros elevaram o grau de preocupação com os reflexos da guerra na Ucrânia sobre os custos de suas viagens.

Além do impasse em relação ao preço do combustível, o agente redutor de emissão de poluentes Arla 32, utilizado em veículos a diesel, encareceu nos postos devido ao aumento da ureia no mercado internacional, segundo Wallace Landim, o Chorão, liderança dos caminhoneiros que ficou conhecido na grande paralisação de 2018.

De acordo com a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), a ureia aumentou 300% no ano passado. Com a guerra na Ucrânia e o embargo anunciado por Putin nesta semana, a escalada de preço do insumo deve continuar.

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) afirma que o uso irregular de Arla 32 ou a sua ausência aumenta a emissão de gases poluentes em até cinco vezes pelo veículo, o que pode levar o motorista a responder por crime ambiental. A pena inclui multa e retenção do veículo.

Chorão também afirma que os motoristas autônomos estão com dificuldade para abastecer nos últimos dias.

Nesta terça (8), a rede Ipiranga enviou comunicado aos postos alertando que vai passar a analisar os pedidos para diesel antes de liberar a venda por causa da disparada nos preços do petróleo.

No aviso a clientes, a empresa afirma que está priorizando a sua rede de revendedores e seus clientes empresariais.

Para Chorão, o governo precisa ter sensibilidade e retirar o mais rápido possível o PPI (preço de paridade de importação). "O presidente precisa ter coragem e retirar a paridade. Não recebemos em dólar", diz.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS