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Câmara técnica da Saúde fala em renúncia coletiva caso Queiroga não recue na suspensão de vacinação em adolescentes

ATUALIZAÇÃO
17 de setembro de 2021

FÁBIO ZANINI
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em reunião nesta sexta-feira (17), membros da câmara técnica do Plano Nacional de Imunizações exigiram mudança de posição e retratação do Ministério da Saúde em relação à suspensão da vacinação em adolescentes de 12 a 17 anos contra o novo coronavírus.

Eles querem que a pasta diga claramente que a câmara não foi consultada na decisão pela suspensão e que se comprometa a retomar a vacinação dos adolescentes.

Caso não ocorra, eles disseram que pretendem entregar suas posições na câmara. O pleito teve apoio unânime entre os participantes da reunião.

O grupo é composto por professores, especialistas, representantes de sociedades de classe e conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde, e é responsável por subsidiar tecnicamente o ministério em suas decisões. Se o ministério vai tomar decisões sem consultá-los, afirmaram, não faz sentido manter seus nomes associados às medidas tomadas pela pasta.

O ministério foi representado no encontro por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, que disse que levaria os recados ao ministro Marcelo Queiroga.

Segundo relatos dos presentes, o encontro foi marcado pelas críticas dos membros da câmara técnica, que Queiroga ignorou ao decidir pela suspensão.

A perfomance de Queiroga ao longo do episódio foi descrita como desastrosa. O ministério foi criticado por suspender a vacinação devido ao óbito de uma adolescente que, ao que tudo indica, não teve qualquer relação com a imunização, por surpreender a câmara técnica com a publicação da nota sobre o tema, e por gerar mensagens equivocadas à população em relação à eficácia da vacinação.

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