Considerando o aumento dos casos de Covid-19 entre crianças em Londrina, o chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica do HU (Hospital Universitário), Arnildo Linch Junior, alerta que até que se tenha uma mudança nas recomendações, manter o isolamento social é a melhor saída.

Imagem ilustrativa da imagem 'Única medida eficaz é manter as crianças em casa', afirma médico do HU
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“A única medida eficaz neste momento é manter as crianças em casa. A gente entende o que é difícil, principalmente as pequenas porque elas sentem falta do convívio social, da escola. Mas é importante evitar que elas tenham contato com outras crianças e adultos, caso contrário, a chance de adquirirem a doença vai ser grande e, mesmo que a criança tenha poucos sintomas ou nenhum, é fato que ela é vetor, ou seja, vai carregar o vírus com potencial de transmissão”, pontua.

Para reforçar os efeitos do isolamento social, Linch Junior lembra que alguns vírus respiratórios que em anos anteriores acometiam muitas crianças, como por exemplo, o VSR (vírus sincicial respiratório), praticamente desaparecem neste ano.

“Isso se deve ao fato de as crianças estarem em casa. O impacto que o isolamento social teve para a criança foi muito maior do que teve para o adulto. Hoje, a criança não é só menos doente para a Covid-19 como também tem desenvolvido menos resfriado, menos gripe, menos bronquiolite, até menos pneumonia e infecção de garganta”, observa.