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Política 5m de leitura

Senado aprova lei de licitações que garante divulgação de editais em jornais

Texto que ainda precisa ser sancionado pelo presidente aumenta os mecanismos de transparência dos gastos públicos

ATUALIZAÇÃO
11 de dezembro de 2020

Pedro Moraes - Grupo Folha
AUTOR

O Senado Federal aprovou em sessão remota, na quinta-feira (10), o Projeto de Lei 4.253/2020, que cria um novo marco legal para substituir a Lei das Licitações (Lei 8.666/1993), a Lei do Pregão (Lei 10.520/2002) e o Regime Diferenciado de Contratações (RDC - Lei 12.462/11). Além de ter papel fundamental no processo de transparência e legalidade do uso do dinheiro público, o texto legal é importante para a imprensa e, consequentemente, para sua função de informar e em se constituir como um dos pilares da democracia.

A questão crucial neste sentido foi disposta no parecer do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) retomando o texto aprovado pelo Senado em 2013, que mantém a obrigatoriedade de publicação de extrato do edital no respectivo Diário Oficial e em jornal diário de grande circulação. “Essa vitória, de grande importância para a sustentabilidade do setor, foi obtida a partir da atuação institucional da ANJ (Associação Nacional de Jornais), que liderou a ação e contou com o apoio da Fenajore (Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas), sindicatos e lideranças”, aponta nota do Sindejor-PR (Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná), ao qual a FOLHA é integrante.

O parecer foi aprovado por unanimidade em votação simbólica no Senado e agora o texto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O texto aprovado é o substitutivo elaborado pela Câmara dos Deputados. Entre outras medidas, o substitutivo cria modalidades de contratação, tipifica crimes relacionados a licitações e disciplina itens do assunto em relação às três esferas de governo: União, estados e municípios.

Anastasia, que relatou o projeto, destacou entre as novidades a permissão para seguro garantia nas licitações, o que segundo ele poderá contribuir para a redução de obras inacabadas, e a criação de um portal nacional de contratações públicas, para centralizar os procedimentos licitatórios dos entes federativos através de um banco de dados. 

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