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Com 2.910 votos computados nas eleições municipais do dia 15 de novembro, a pequena Munhoz de Mello, a 55 quilômetros de Maringá, terá que retornar às urnas para escolher seu próximo prefeito. Isso porque o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferiu a candidatura do prefeito eleito Gilmar Silva (MDB), que recebeu 1.628 votos, ou seja, 55,95%. Para o relator do processo no Tribunal, o ministro Mauro Campbell Marques, Gilmar Silva não deixou de realizar atividades relacionadas aos cargos de secretário municipal de Agricultura e Desenvolvimento Econômico no período eleitoral, conforme determina a legislação.
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Conforme apurou a reportagem, a nova eleição só será necessária porque o candidato eleito recebeu mais de 50% dos votos. Caso contrário, quem assumiria a prefeitura imediatamente seria o segundo candidato mais votado, o atual vice-prefeito do município, Áureo Gomes, que computou 1.180 votos, ou 40,55% do eleitorado.
Na ausência do prefeito e do vice, quem assume a prefeitura é o presidente da Câmara Municipal, cargo que também só será definido no dia 1º de janeiro quando nove vereadores eleitos serão conduzidos aos cargos no município.
Por enquanto, ainda não há uma data para a nova eleição. A FOLHA também entrou em contato com a assessoria de comunicação do TSE , porém não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Gilmar José Benkendorf da Silva já ocupou o cargo de prefeito de Munhoz de Mello entre 2005 e 2012 e em 2020 era secretário municipal de Agricultura. Zootecnista e servidor de carreira no município, ele também acumulava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. No entanto, de acordo com o entendimento do TSE, que também levou em consideração fotos publicadas em uma rede social, Gilmar Silva continuou desempenhando suas funções normalmente.
A reportagem conseguiu ouvir o vice-prefeito, segundo candidato mais votado e adversário político de Silva, Áureo Gomes. Ele reafirmou que embora tenha pedido a desincompatibilização dos cargos, Silva "continuou usando a máquina pública a seu favor", disse.
A reportagem tentou localizar Gilmar Silva diversas vezes em seu celular e na prefeitura de Munhoz de Mello, porém sem sucesso.