A Justiça Eleitoral em Londrina prevê um segundo turno, no domingo (30), muito mais tranquilo do que o primeiro, no início de outubro, quando foram registradas longas filas em diversos locais de votação na cidade, dificuldade para leitura de biometria e demora para trocar urnas que apresentaram defeito. Na avaliação do juiz da 41ª Zona Eleitoral, Maurício Boer, o fato de o eleitor escolher entre apenas dois candidatos à Presidência da República facilita e agiliza a votação.

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“No primeiro turno foram cinco cargos. Só a coleta desses votos por eleitor já tomava tempo e tivemos muitos eleitores que chegaram sem a cola. Isso acabava tomando tempo. Como agora, no segundo turno, e no Paraná, será apenas presidente, será uma votação mais rápida. Não teremos todo esse problema. A biometria foi no Brasil todo mais demorada, mas, como será mais rápido, acreditamos que a biometria não será fator de demora”, elencou.

No primeiro turno, apenas na 41ª Zona Eleitoral foram substituídas 11 urnas eletrônicas, enquanto que em 2020, nas eleições para prefeito e vereadores, não houve troca. Após dois de outubro, o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) notificou a terceirizada pelo que considerou transporte inadequado dos equipamentos.

Foram feitas reuniões entre integrantes do Tribunal e da empresa para que o serviço fosse aperfeiçoado para o próximo fim de semana. “No primeiro turno houve atraso para chegar, descuido no manuseio das urnas. O que nos foi passado (após as reuniões) é que foi conversado para melhorar os pontos que informamos que houve deficiência e esperamos que isso seja solucionado”, destacou.

Londrina tem 393.687 eleitores e 1.139 seções, distribuídas em 146 locais de votação. No primeiro turno, cerca de 320 mil eleitores compareceram. A Justiça Eleitoral em Londrina também é responsável pelas eleições em Tamarana (Região Metropolitana de Londrina), que tem 8.372 pessoas aptas a votar. São três zonas eleitorais em Londrina e uma em Tamarana.

AUDITORIA

Assim como no primeiro turno, as urnas passaram pelo processo de auditoria, nesta terça-feira (25), no Fórum Eleitoral. Participaram do evento servidores da Justiça Eleitoral e MP-PR (Ministério Público do Paraná). Representantes de partidos políticos foram convidados e, mais uma vez, não compareceram. Durante a cerimônia, foram escolhidos aleatoriamente dois aparelhos de cada zona eleitoral.

Os juízes e promotores conferiram que todos estavam armazenados corretamente, com os lacres, e também observaram o funcionamento. “Fizemos o teste do teclado para ver que todas as teclas estão funcionando, extraímos a zerésima para constatar que não tinha nenhum voto computado e verificamos que os dois candidatos que concorrem ao pleito presidencial estão com os nomes e fotos. Digitamos os números deles e vimos que os votos são computados para eles”, explicou Boer, que coordena a eleição em Londrina.

Ao final, foi extraído o boletim de urna para conferir que os votos foram registrados. Os equipamentos usados na auditoria receberão um novo card, zerado, e serão lacrados novamente, só podendo ser retirados da caixa no domingo. “Utilizamos as urnas desde 1996 e nunca registramos qualquer problema. No primeiro turno foram feitas auditorias e nenhuma apurou qualquer irregularidade”, ressaltou sobre a confiabilidade e a segurança das urnas eletrônicas.

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