Justiça determina devolução de R$ 16,2 mi à Prefeitura de Maringá
Valor é proveniente de leilões de bens do ex-secretário da Fazenda do município, Luiz Paolicchi, condenado por desvio de verbas
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Valor é proveniente de leilões de bens do ex-secretário da Fazenda do município, Luiz Paolicchi, condenado por desvio de verbas
Reportagem local
A Justiça Federal determinou a devolução de R$ 16,2 milhões aos cofres públicos do município de Maringá (Noroeste). O valor é proveniente de leilões de bens do ex-secretário da Fazenda do município, Luiz Antônio Paolicchi, condenado por desvio de verbas enquanto ocupava o cargo na gestão 1997/2000.
A decisão que determinou a devolução é do juiz federal Anderson Furlan, da 5ª Vara Federal de Maringá, e faz parte da execução fiscal movida pela União. Na decisão de Furlan, além do município de Maringá, serão contemplados com a distribuição dos valores credores trabalhistas, a Fazenda Nacional, entre outros.
MAIS DE R$ 500 MILHÕES
Paolicchi esteve à frente da Secretaria Municipal da Fazenda em três gestões. Na época, o ex-secretário foi acusado de chefiar um dos maiores esquemas de desvio de dinheiro público no Paraná. Estima-se que mais de R$ 500 milhões foram desviados do município de Maringá.
Em 2000, o ex-secretário foi condenado a 11 anos de prisão. Entre as condenações, estavam os crimes de peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O ex-secretário cumpriu pena na Penitenciária Estadual até o ano de 2005. Em 2011, Paolicchi foi assassinado.
Paolicchi tinha também uma dívida com a Fazenda Nacional, o que levou a Justiça Federal a decretar intervenção judicial em sua empresa. Além de leilões já realizados, cujo total obtido foi de R$ 2,1 milhões, foi realizado também o leilão dos ativos da empresa Mineradora de Águas Rainha e duas fazendas em Três Lagoas (MS), totalizando o valor de R$ 76,1 milhões.
“Novas decisões de concurso de preferências serão proferidas com o restante do produto das arrematações, sendo que em relação ao valor alcançado com a venda dos ativos da Mineradora deverão ser finalizados os pagamentos de obrigações contraídas durante a intervenção, como débitos fiscais, multa de FGTS e alguns fornecedores e prestadores de serviços”, explicou o juiz federal Anderson Furlan. (Com informações da assessoria da Justiça Federal/Paraná)
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