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POLARIZAÇÃO ESTADUAL 5m de leitura

Conselho de Ética da AL arquiva denúncia contra Arruda e Freitas

Relator do caso, Tercilio Turini (PSD) sugeriu censura verbal contra a dupla por conta de embates na tribuna do Legislativo

ATUALIZAÇÃO
02 de agosto de 2023

Lucas Marcondes
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Conselho de Ética da AL arquiva denúncia contra Arruda e Freitas

Protagonistas de acalorados confrontos verbais e trocas de acusações na tribuna da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná já desde o início dos trabalhos da legislatura, os deputados estaduais Renato Freitas (PT) e Ricardo Arruda (PL) tiveram arquivado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa um procedimento disciplinar aberto contra a dupla.

A decisão foi tomada por unanimidade pelo colegiado, no fim da tarde de terça-feira (1º). O entendimento é de que não se trata de quebra de decoro pelos parlamentares.

Ao início de junho, o caso havia sido remetido ao conselho pelo corregedor Artagão Junior (PSD). A relatoria ficou a cargo de Tercilio Turini (PSD), de base de atuação em Londrina. Em entrevista à assessoria de imprensa da AL, o relator afirmou ter ocorrido um “comportamento de excesso” por parte de Freitas e Arruda, além de “uma conduta que causa até constrangimento para os [demais] deputados.”

Embora o processo não tenha tido prosseguimento, o relatório de Turini sugere que a Mesa Executiva aplique censura verbal contra os denunciados. “O debate pode até ser duro, mas tem um limite dentro da discussão legislativa”, comentou.

O relator ainda defendeu o aperfeiçoamento do rito legal do Conselho de Ética estabelecido no Regimento Interno da AL. “Tivemos que buscar amparo dentro do regimento da Câmara dos Deputados.”

De acordo com a AL, o caso arquivado “se refere a um segundo parecer de cinco casos enviados à Corregedoria”. Também conforme a Casa, “Artagão Junior [em 17 de maio] apresentou a decisão final do órgão para arquivar o primeiro caso analisado envolvendo Freitas e Arruda. O restante das denúncias segue sob a análise da Corregedoria.”

O QUE DIZEM OS DEPUTADOS

Procurado pela FOLHA, Freitas declarou via assessoria de imprensa ser “preocupante que os donos do poder se utilizem do Conselho de Ética como instrumento de perseguição e abuso de autoridade para tentar censurar quem ousa combater o ódio e a mentira.” Sem citar nomes, o petista escreveu que “mentirosos, serviçais do mal e defensores da morte destilam livremente seus discursos de ódio sob a justificativa da imunidade parlamentar.” “Uma política de vida se faz com a verdade. E quem fala a verdade não merece castigo”, completou.

Já Arruda, também via assessoria, comentou “não esperar nada diferente” que o arquivamento. “A nossa liberdade de fala no parlamento não pode ser jamais tirada da gente, conforme diz o artigo 53 da Constituição Federal. Existem debates mais acalorados, sim. De repente um deputado agride você na pessoa física, você responde à altura, mas acho que faz parte do cotidiano da AL e tem que funcionar desse jeito”. Ele também alegou só ter um caso no Conselho de Ética, enquanto, de acordo com Arruda, Freitas soma cinco procedimentos.

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