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Política 5m de leitura

Após audiência, Belinati volta a defender alterações na Cidade Limpa

Projeto de lei, que flexibiliza regras de publicidade, foi tema de debate público na Câmara Municipal nesta segunda (14)

ATUALIZAÇÃO
14 de junho de 2022

Guilherme Marconi - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Após audiência, Belinati volta a defender alterações na Cidade Limpa

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), voltou a defender nesta terça-feira (14) o projeto de lei que altera a Lei Cidade Limpa. A legislação, que define o regramento publicitário, foi instituída há 10 anos e considerada à época um marco no ordenamento urbano. A norma acabou com a excessiva poluição visual de placas publicitárias que eram sobrepostas no centro de Londrina, quando não havia um limite claro para instalação de outdoors. O projeto foi debatido com a população na noite desta segunda-feira (13), em audiência pública híbrida convocada pela Câmara Municipal de Londrina.

A Câmara de Londrina realiza na noite desta segunda (13) audiência pública para debater o projeto de lei nº 242/2021, do prefeito Marcelo Belinati, (PP), que flexibiliza regras da Lei Cidade Limpa. Na foto Álvaro do Nascimento Marcos Diretor de Operações
,  Josiane Kacimeli Correia Coordenadora de Fiscalização de Posturas e Cidade Limpa, Lucas Fugiwara Ribeiro Presidente da Comissão de Estudos para Alteração da Lei Cidade Limpa. e os vereadores Sonia Gimenez e Nantes.
 

"A lei da Cidade Limpa foi importante, mas o mundo mudou e precisamos adequá-la à realidade atual. Estamos falando em mudanças como iluminação em painéis de Led. Nós queremos nos adequar à realidade do Brasil e do mundo. Houve a audiência pública e eventuais sugestões e propostas serão analisadas ou pela Câmara ou pela prefeitura para que a gente possa ter consenso desse modelo novo para a cidade de Londrina", respondeu o prefeito durante coletiva de imprensa na sede do ILES (Instituto Londrinense de Educação de Surdos). 

Entre as propostas de flexibilizar a lei vigente, o projeto de lei enviado pelo Executivo permite anúncios indicativos em muros, seja por meio de pintura ou de placas que não avancem mais de 15 centímetros sobre o passeio, desde que o muro seja de propriedade do estabelecimento ou exista autorização por escrito do proprietário. O projeto também retira a limitação de 5 metros de altura para anúncio indicativo em totens ou estruturas tubulares, exigindo, acima desta altura, documento de responsabilidade técnica e seguro para cobrir eventuais danos a terceiros. Outra mudança prevista é a ampliação do anúncio indicativo de 30% para 45% da medida linear da testada (frente) do imóvel e a possibilidade de colocação também de anúncios publicitários, desde que dentro dessa porcentagem

 

ALTERAÇÕES

Participaram da audiência pública na Câmara, na segunda-feira (13), representantes de empresas de outdoor, da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), da sociedade civil, de entidades profissionais e da Federação das Associações de Moradores do Estado do Paraná.

 As alterações trazidas pelo projeto foram apresentadas pelo diretor de Operações da CMTU, Álvaro do Nascimento Marcos. Segundo ele, a proposta é resultado de mais de um ano de estudos feitos por uma comissão técnica formada na companhia. "Surgem situações novas que muitas vezes a lei não previa na época. […] O projeto de lei passa a permitir publicidade móvel, como aquelas bandeiras conhecidas como windbanners, que chamam a atenção para o imóvel sem grandes impactos visuais. Hoje, mesmo estando a bandeira no recuo, o fiscal autua e é cobrada multa de R$ 1 mil", afirmou. Sobre a dispensa de cumprimento de normas por grandes marcas, Marcos disse que "Londrina é a única cidade em que o McDonalds não tem os arcos do M e em que a Havan não tem sua estátua".

Para o vereador Roberto Fú (PDT), várias alterações previstas no projeto são positivas. Por outro lado, ele criticou a proposta de mudança na forma de regulamentação de anúncios publicitários no mobiliário urbano da cidade, como nos pontos de ônibus. A normatização deixaria de ocorrer por meio de lei de iniciativa do Executivo e passaria a ser feita em regulamento próprio a ser expedido pelo Poder Público por decreto. "Acho perigoso tirar o direito de o Legislativo decidir. Uma das funções principais do Legislativo é fiscalizar", defendeu o parlamentar, que pretende apresentar uma emenda para modificar esse ponto do projeto. A matéria já passou pela Comissão de Justiça, agora volta a ser encaminhada para a Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente e só depois irá a plenário. 

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