Vivemos uma transição depois de mais de quinze meses de uma pandemia que assolou todo o mundo. As vacinas caindo do céu, como naquele filme infantil "Tá chovendo hambúrguer", onde muitos se dão ao capricho de escolher até a marca de vacina que querem tomar. Parece que se esqueceram da agonia que foram os meses iniciais, onde a ciência correu como se fosse a prova dos 100 metros para fabricar uma vacina que naquele momento e até agora foi a única solução para conter o tsunami da Covid-19.
Foram muitos momentos onde vários personagens se tornaram protagonistas dessa fase histórica da humanidade, como foi a peste negra e a gripe espanhola. Elas tiveram um ponto em comum que foi o cuidado com a higiene pessoal e os locais de convivência, aspectos que influenciaram essas pandemias e colocaram isso como prioridades onde todos que se cuidam estão também cuidando do próximo, sendo esta palavra, a EMPATIA, muito citada, pois não vivemos em uma ilha e sim em sociedade, e como tal temos que nos comportar coletivamente e não individualmente.
Passado o primeiro impacto, os estados e municípios tiveram que se adaptarem e se comprometerem em usar os recursos federais da melhor forma possível e sabemos que muitos, infelizmente, se aproveitaram da situação para desviar recursos públicos em um momento que poderiam ter salvado mais vidas. Afinal, que preço tem a vida humana?
Nosso país foi assolado por uma onde de negacionismo, de brincadeiras com a vida, como se importasse somente para aqueles que perderam seus entes queridos. Mas isso é passado e, como tal, esquecido. Porque já começou a corrida eleitoral de 2021, onde muitas cidades estão sendo visitadas por políticos fazendo suas pré-campanhas com dinheiro público, onde prefeitos, vereadores e aliados já fechando parcerias, alianças já pensando na campanha municipal de 2024.
Afinal, somos um país que com bilhões em recursos públicos destinados a campanha eleitoral, tornando os brasileiros seres humanos a serem estudados, pois passamos por tantos problemas sociais, econômicos e principalmente de saúde e, aparentemente, nos esquecemos de tudo isso.
Mas, enfim, segue o jogo, e nesse jogo não tem vencedores e muito menos vencidos, temos brasileiros que deveriam ter mais consciência do poder que têm nas mãos, escolhendo seus representantes pelo seu histórico de vida e não pela vantagem momentânea que pode tirar da situação. Acredito que esse estudo deveria ser feito urgentemente pois dependendo do resultado poderia surgir uma vacina contra essa ignorância, individualismo e comodismo. E que a Ciência tenha a cura para esse mal. E viva a ciência!
Amegilda Neves de Almeida (professora) Florestópolis
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