A partir desta quinta-feira (14) e até domingo (17), Londrina será a sede de um importante evento da saúde pública, que contará com a participação de 1.150 inscritos. São professores universitários e estudantes de graduação e de pós-graduação dos 14 cursos da área da saúde de vinte instituições universitárias; são profissionais de saúde da Secretaria Estadual de Saúde, das Secretarias Municipais de 67 prefeituras do estado, de outros 17 estados e de dezenas de agentes e líderes que promovem a saúde junto às comunidades.

Estou me referindo a um evento plural. Trata-se do 6º Congresso Paranaense de Saúde Pública/Coletiva ao qual está integrada a 8ª Mostra Paranaense de Pesquisas e Relatos de Experiências em Saúde e o 7º Prêmio Inova Saúde Paraná. Promovido pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva – INESCO, que em novembro completará 35 anos de atuação, o evento é apoiado por 16 outras instituições e entidades da área. Neste ano, o evento será online, realizado em salas meetings aos inscritos e terá reprodução de algumas atividades abertas no canal do INESCO no youtube. (https://www.youtube.com/c/inesco-saudepublica)

LEIA TAMBÉM: Ong de Londrina oferece oficinas gratuitas para pessoas com Alzheimer

Os 24 minicursos receberam 1.545 inscrições e por meio deles estará ocorrendo a capacitação em diversos temas, dentre eles: Como realizar pesquisas científicas; Linha de cuidados e tratamentos para pacientes com Atrofia Muscular Espinhal (AME); Controle social na construção do SUS; Terapia da dignidade; Gestão em Saúde; Curso concentrado sobre Sinais de Alerta para Doenças e Síndromes Raras; Formação de líderes e trabalho em equipe; Papel das AIS na organização do SUS; Legados da Iniciativa UNI após 30 anos; Abordagem multiprofissional dos Cuidados Paliativos na Atenção Primária e outros.

Entre os conferencistas e painelistas convidados teremos representantes da “prata da casa” como o professor José Eduardo Siqueira (Dilemas bioéticos do prolongamento da vida e as Diretivas Antecipadas de Vontade), os médicos Omar Taha (A saúde suplementar e o SUS), Silvio Fernandes da Silva (A gestão de políticas de saúde informadas por evidências), Pedro Gordan, Leandro Diehl e Beatriz Zampar (Raciocínio clínico e saúde coletiva: o que existe de interesse comum), a enfermeira Brígida G. Carvalho (Estratégia de Educação Permanente em Saúde), as fisioterapeutas Celita Trelha e Flavia Ziegler (Fisioterapia na atenção básica e na saúde do trabalhador) e muitos outros.

LEIA TAMBÉM: Terapia de prevenção ao HIV perde 39% dos pacientes em nove anos

Mas também teremos convidados internacionais como o professor Rui Nunes, da Universidade do Porto, Portugal, que com a advogada Franciane Campos abordará “As políticas públicas em cuidados paliativos e em diretivas antecipadas de vontade”, a Dra. Mariângela Galvão Simão, da Organização Mundial da Saúde, que desde Genebra falará sobre “Vacinas para o Século XXI: novas tecnologias, futuras demandas e desafios” e lideranças comunitárias como as senhoras Rosalina Batista e Adriane Loper (Audiências e consultas públicas: mecanismos legítimos de participação social?).

Com relação à produção científica, 488 trabalhos foram avaliados positivamente pela comissão científica. Desses, 136 foram indicados ao 7º Prêmio Inova Saúde Paraná e 118 chegaram à etapa final. Nesta quinta e sexta-feira os trabalhos serão expostos e apresentados pelos seus autores, que merecem o reconhecimento e o agradecimento por manterem acesa a curiosidade e a busca da inovação, mesmo em tempos sanitários e políticos com tantos desafios, impasses e encruzilhadas como vivemos atualmente.

LEIA TAMBÉM: Portal especializado em insuficiência cardíaca é lançado em Curitiba

A conferência de abertura será proferida pelo ilustre sanitarista brasileiro Dr. Jarbas Barbosa, atual vice-diretor em Washington da Organização Panamericana da Saúde – OPAS, que abordará o tema central do evento, que motiva o título deste artigo. Ele já foi secretário de saúde de Olinda, de Pernambuco, diretor da Anvisa e tem fortes laços com Londrina e o Paraná, pois faz parte do movimento sanitário que sempre teve em Londrina uma referência importante.

Com esta breve resenha sobre o evento, acredito que a resposta à pergunta do título poderá ser dada de diversas formas. Dependendo do olhar de quem lê e se debruça sobre o assunto... Como você, leitor, responde? Ou como entende que deveria ser respondida?

Marcio Almeida, médico, professor universitário, presidente do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva – INESCO.

Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão e comunicação que lhes são inerentes.

COMO PARTICIPAR| Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. As cartas devem ter no máximo 700 caracteres e vir acompanhadas de nome completo, RG, endereço, cidade, telefone e profissão ou ocupação.| As opiniões poderão ser resumidas pelo jornal. | ENVIE PARA [email protected]