A pandemia acelerou intensamente a adoção de algumas tendências relativas ao ambiente corporativo, que, em muitos casos, já se tornaram novas realidades. Foi e é necessário aceitar mudanças, adaptar-se e abraçar novas responsabilidades.

Como alguém que decidiu seguir uma carreira executiva, tive a oportunidade de morar em países como Venezuela, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Irlanda, Egito e agora Brasil, o que me ajudou a liderar com flexibilidade e também curiosidade e interesse pela realidade de cada equipe por que passei. Além disso, algumas das minhas posições eram regionais, o que significava que eu tinha, por regra, de interagir remotamente com a maioria da minha equipe e os mercados que eu apoiava. Essa experiência me deu suporte nestes tempos de gestão totalmente remota.

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A liderança virtual que se pronunciava enfim se tornou o modelo mais adotado, da noite para o dia. Junto a ela, colocaram-se no centro das relações de trabalho a confiança, a empatia, e o respeito.

Para os gestores com perfil mais centralizador, essa adequação certamente foi mais difícil. Controle e microgerenciamento de atividades dos membros que compõem seu time se mostraram ineficazes nesse ambiente virtual. Mais do que se moldarem às equipes que lideram, os gestores tiveram de estimular em cada um a autogestão, sempre dentro de um contexto de conciliação entre vida profissional e pessoal.

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Arrisco dizer que, para além dessa mudança de gestão coletiva, o líder precisou mudar seu comportamento e postura a cada cenário apresentado por seus colaboradores, no ambiente corporativo e fora dele. E tudo isso sem interações sociais presenciais. Essa nova esfera de trabalho exigiu muito mais dinamismo dos gestores para que continuassem a inspirar, a motivar seu time e a desenvolver o potencial de sua área de atuação. Para isso, é ainda mais necessário que o gestor se mantenha constantemente informado e atento a quais ferramentas, aprendizados, processos ou atividades melhor o auxiliam nesse caminho.

Falando como representante da Zoetis no Brasil, percebo que, desde o início de todo esse processo, tivemos um alto comprometimento da equipe com suas responsabilidades (falamos de accountability) que continuou a gerar confiança. Isso se reflete em nossas entregas ao cliente e nos resultados, que foram recordes nesse período. Entendo também que isso é consequência de um clima de cooperação mútua, em que as pessoas estão no centro. E é para elas e por elas que devemos sempre orientar nossa gestão na tentativa de tornar a relação virtual mais acolhedora e humana.

Luis Xavier Rojas, diretor-presidente da Zoetis no Brasil.

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