EDITORIAL - Radar não basta para frear a imprudência. É preciso também educação
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 05 de outubro de 2021
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Quem transita de carro por Londrina já percebeu grande quantidade de placas de sinalização avisando sobre a presença dos novos equipamentos de radar (fixo e misto) e câmeras de videomonitoramento, que começaram a funcionar na sexta-feira (1) em ruas e avenidas do município.
Ao todo, são 65 equipamentos de fiscalização de velocidade e 40 câmeras de vídeo conectadas 24 horas ao Complexo de Fiscalização e Monitoramento Eletrônico da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).
Do total de equipamentos, 30 radares e 20 câmeras já estavam em funcionamento desde o dia 1º de junho. O contrato da CMTU com a empresa vencedora da licitação para o fornecimento do serviço, tem validade de 12 meses, com possibilidade de prorrogação para até quatro anos.
Houve divulgação do município sobre os locais com radares e a FOLHA publicou quais são os trechos monitorados pelos equipamentos de segurança. Isso é importante para que os radares realmente desempenhem um papel educativo e não apenas punitivo.
O excesso de velocidade é grande causador de acidentes de trânsito. Em entrevista à Folha de Londrina, o diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalbem, explica que os radares fixos monitoram apenas o excesso de velocidade e estão instalados no meio das pistas. Os equipamentos mistos estão próximos de cruzamentos semaforizados e registram excesso de velocidade, avanço do sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres.
Já as câmeras de videomonitoramento estão instaladas em áreas de grande fluxo de veículos com o objetivo de flagrar infrações de trânsito como estacionar em local proibido, andar na contramão, cruzar o canteiro central, entre outras. Ao serem flagrados pelas câmeras, descumprindo as leis de trânsito, os condutores poderão ser autuados.
Motoristas de diferentes idades e classes sociais têm o hábito de pisar mais pesado no acelerador, avançar o sinal ou fazer uma manobra irregular quando sabem que não estão sendo vigiados. Não é a maioria, claro, pois se muita gente se comportasse assim o trânsito seria um caos. Mas basta uma pessoa dirigir e cometer uma irresponsabilidade para que o risco de acidente seja real.
Esse grupo, que não é a maioria, apenas teme ser flagrado e multado. E por conta dessa minoria, os radares são importantes, principalmente nos trechos onde o risco de acidente é alto.
Há quem questione se os radares são necessários ou se existe uma indústria da multa, como acusou o presidente da República, Jair Bolsonaro, quando mandou suspender o uso de radares em rodovias federais. O tema é alvo de polêmicas e discussões acaloradas.
Os radares cumprem uma função, mas como tudo que envolve educação, não deve ser utilizado isoladamente. Ações educativas e de conscientização sobre trânsito seguro são ferramentas indispensáveis.
Obrigado por ler a Folha!
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