Nas últimas semanas, no espaço da Folha de Londrina dedicado à opinião do leitor, o jornal publicou três cartas denunciando barulho de carros e motos nas ruas de Londrina e no município vizinho, Cambé. As motocicletas com escapamento adulterado são as campeãs de reclamação, assim como carros com som alto.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Poluição sonora, uma ameaça invisível à saúde
| Foto: iStock

Centro da cidade, áreas mais afastadas, bairros nobres ou localidades mais simples, os males da poluição sonora não parecem distinguir classe social, idade, localização. O fato é que o barulho nas vias públicas irrita, incomoda, tira o sono e a paz e, consequentemente, afeta a saúde das pessoas. Às vezes, as consequências negativas não aparecem na hora. Elas podem vir a médio e longo prazo na forma de estresse e distúrbio do sono, por exemplo.

Quando se pensa em poluição, a primeira lembrada pela população é a ambiental, mas em 2019 a OMS (Organização das Nações Unidas) colocou o barulho como uma das três epidemias que assolavam o planeta naquele ano, junto com obesidade e solidão.

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A OMS define como poluição sonora ruídos acima de 65 decibéis. Mas sabe-se que o trânsito pode gerar muito mais do que isso, dependendo da intenção do motorista em usar o veículo como uma forma (de mau gosto) de chamar a atenção.

A cacofonia chega alto nas portas de alguns estabelecimentos comerciais e mesmo que o som alto não esteja nos bares, por exemplo, o barulho vem dos donos de carros que estacionam próximo. Às vezes, mesmo depois que as portas do estabelecimento fecham, aquelas pessoas que estão nas calçadas continuam por ali, bebendo, cantando, ouvindo música em altos decibéis.

Há leis específicas protegendo quem quer dormir em paz, mas a fiscalização do poder público não vem se mostrando eficiente a ponto de inibir os infratores. Infelizmente, essas pessoas só vão perceber que incomodam quando uma multa pesada for aplicada a elas. É aquele aprendizado que passa pela carteira.

Além de fiscalizar, multar e apreender os veículos, o poder público pode - e deve - desenvolver um trabalho de conscientização da cidadania, incentivando as pessoas a fazerem atividades que não gerem barulho excessivo e promovendo uma educação ambiental com as crianças. São medidas a médio e longo prazo, mas bastante eficientes para superar esse poderoso inimigo invisível.

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