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Opinião 5m de leitura

EDITORIAL - Finalmente, o país tem um plano de vacinação para as crianças

ATUALIZAÇÃO
05 de janeiro de 2022

Folha de Londrina
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 Chegou ao fim a novela da vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Nesta quarta-feira (5), o  Ministério da Saúde definiu que a população dessa faixa etária  receberá a vacina da Pfizer sem precisar apresentar prescrição médica. O processo de imunização terá início em  crianças indígenas, quilombolas, com comorbidades e deficiência permanente. O intervalo entre as duas doses será de oito semanas. 

 

Nesta edição de quinta-feira (6), a FOLHA detalha a entrevista coletiva que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu  sobre o planejamento do governo federal para a inclusão dos meninos e meninas no público beneficiado com o imunizante pediátrico da Pfizer. 

A imunização da faixa etária de 5 a 11 anos não será obrigatória. A previsão é que as crianças começam a ser vacinadas ainda  janeiro e elas só precisarão estar acompanhadas dos responsáveis no ato da vacinação, sem necessidade de um termo por escrito, como queria o governo federal. 

O país tem cerca de 20 milhões de crianças com idade entre 5 e 11 anos,  e a previsão é que 3,7 milhões de doses pediátricas cheguem ao Brasil ainda este mês. 

Embora a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenha autorizado o uso da vacina pediátrica da Pfizer no Brasil em dezembro, o Ministério da Saúde foi resistente em fazer a inclusão das crianças no plano nacional de vacinação contra a Covid-19 e o presidente Jair Bolsonaro tentou intimidar os técnicos da Anvisa dizendo que iria tornar público o nome dos funcionários que autorizaram o uso do imunizante para crianças no Brasil. 

Tanto que o anúncio do processo de imunização para o público entre 5 e 11 anos só foi anunciado após uma consulta  e uma audiência pública realizada na terça-feira (4). 

O detalhamento da imunização em crianças chega em um momento em que alguns municípios já começaram a aplicar a quarta dose da vacina em indivíduos  imunossuprimidos e vive um aumento assustador de casos e internações, certamente em consequência das festas de Réveillon. 

Durante todo o tempo em que o país esperou pelo detalhamento do plano pelo ministério, especialistas em saúde pública  manifestaram publicamente a importância de fazer chegar o imunizante no braço dos meninos e meninas. 

O resultado positivo da consulta pública, que também gerou muitas críticas de médicos e especialistas, foi mostrar que os brasileiros querem a vacinação e querem vacinar as crianças. É mais uma mostra, entre tantas pesquisas que já foram feitas em 2021, de que a população brasileira acredita nas vacinas. 

Obrigada por ler a FOLHA!

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