Historicamente, a industrialização no Paraná ficou concentrada na capital, com força suficiente apenas para transpor o primeiro planalto e avançar para os Campos Gerais. Com a vocação agrícola, o interior do estado se manteve predominantemente rural. A realidade começou a mudar nas últimas décadas, puxada principalmente pela indústria ligada ao agronegócio.

Mas, ao se analisar as potencialidades do Estado, as possibilidades vão muito além e ainda há muito espaço para avançar. Para debater a interiorização da indústria, uma das prioridades da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) promove encontros regionais. A entidade tem papel crucial de promover o diálogo entre as lideranças industriais, autoridades políticas e demais stakeholders, como evidenciado no evento de lançamento do Fórum Regional da Indústria em Londrina, nesta sexta-feira (3).

O planejamento estratégico desempenha um papel fundamental nesse processo, pois permite identificar oportunidades, enfrentar desafios e direcionar esforços de forma eficaz. Em relação ao Norte do Estado, inovação, empregabilidade e infraestrutura foram apontados como temas prioritários durante o evento, refletindo as necessidades e aspirações da indústria local.

Responsável por 21% do PIB regional – abaixo da média estadual, que é de 27% –, a indústria gera mais de 145 mil postos de trabalho na região, tendo entre os principais empregadores os setores de abate de suínos e aves, fabricação de móveis, confecção de peças de vestuário, construção de edifícios e fabricação de produtos alimentícios.

Em termos de crescimento do PIB industrial, entre 2011 e 2021 a região demonstrou uma evolução abaixo de outras localidades. Enquanto o valor gerado pelo setor no Norte do Estado cresceu 84% nesse período, nos Campos Gerais o aumento foi de 158% e, no Oeste, de 171%. Para a Fiep, isso demonstra que ainda há um grande potencial para o desenvolvimento do parque industrial regional.

A falta de investimento em infraestrutura de transporte e logística é um dos principais desafios enfrentados pela região, dificultando o escoamento da produção e encarecendo os custos operacionais das empresas. Identificar esses gargalos e fazer um planejamento efetivo para o desenvolvimento regional é uma das prioridades para a região e também uma das bandeiras defendidas pelo Grupo Folha de Londrina.

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