São Paulo - Quatro familiares que moravam na mesma casa que o porteiro aposentado Manoel Messias Freitas Filho, 62 anos, primeira vítima fatal do coronavírus no Brasil, estão internados com sintomas da doença.

Segundo o advogado Roberto Domingues Júnior, que representa a família do porteiro, o pai, 83 anos, e a mãe, 82, de Freitas Filho foram internados nesta quarta-feira (18) em hospital da rede Prevent Senior. O pai, segundo o defensor, está em estado mais grave. Já a mãe foi hospitalizada por prevenção em razão da idade.

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Um irmão, 62 anos, e uma irmã do porteiro estão internados em hospital da rede pública com sinais de gripe. Outra irmã está na casa da família, no Paraíso (zona sul de SP), em quarentena.

O defensor conta que o porteiro tinha diabetes e hipertensão e começou a sentir os sintomas do covid-19 no dia 10. Ele procurou ajuda médica, no hospital Sancta Maggiori, perto de sua casa, quatro dias depois. Na unidade de saúde, o porteiro foi internado de imediato na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde morreu no última segunda-feira (16).

"A morte dele foi muito rápida, ocorreu seis dias após sentir os sintomas [febre, fraqueza e dificuldade para respirar]", diz o advogado.

Ele acrescentou que a família "não faz ideia" de como o aposentado contraiu o vírus, pois era uma pessoa caseira e não frequentava lugares com concentração de pessoas. O defensor ainda explica que os parentes só ficaram sabendo que o porteiro tinha covid-19 após a sua morte.

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