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. | Foto: Valdete da Graça/Sinteemar

Servidores e professores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) rejeitaram a proposta do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciada na sexta-feira (12), e continuam em greve. A decisão foi divulgada após assembleia unificada que reuniu representantes do Sinteemar (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá), Aduem (Associação dos Docentes da UEM), Afuem (Associação dos Funcionários da UEM) e Sesduem (Seção Sindical dos Docentes da UEM) na tarde desta quarta-feira (17), no RU (Restaurante Universitário) da universidade.

De acordo com o presidente do Sinteemar, José Maria Marques, os servidores deliberaram pela manutenção da greve esperando que o governo melhore a proposta. "Na verdade a proposta ainda é conversa, pois não tem um projeto de lei na Assembleia Legislativa, portanto, a categoria entendeu que não é possível confiar", esclareceu. Marques adiantou que será realizada uma nova assembleia unificada na próxima semana para avaliar o andamento do movimento. "Caso aconteça algo de diferente, pode ser que a deliberação seja outra, mas por enquanto, a greve se mantém", afirmou.

Segundo o presidente do Sinteemar, muitos acharam que os servidores da UEM iriam acompanhar a decisão da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), mas conforme Marques, os servidores entenderam que o sindicato tem sua liberdade em tomar suas decisões. "Pelo que tenho observado, as universidades do Paraná, possivelmente, não irão acompanhar a APP. A não ser por algum outro caso pontual que estamos aguardando o resultado", pontuou.

Proposta

Uma nova proposta de reposição salarial foi anunciada na sexta-feira (12) pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). Assim como na proposta apresentada no último dia 3, o reajuste de 5,08% será pago de forma parcelada. A proposta divulgada na sexta indica que a primeira parcela de 2% seria efetuada em janeiro de 2020. A segunda e a terceira de 1,5% cada seriam pagas em janeiro de 2021 e janeiro de 2022, respectivamente. A nova proposta retira o (Projeto de Lei Complementar) PL 04, que congelaria os salários dos servidores para os próximos anos.

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