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A Secretaria Municipal de Saúde enviou um ofício a hospitais públicos e privados de Londrina para verificar o interesse das unidades em firmar contratos com a prefeitura para a contratação de leitos de enfermaria para pacientes infectados pelo coronavírus. Desde o ano passado, a administração mantém um acordo com o Hospital do Coração para 50 espaços como esses. Na semana passada, houve um pedido para ativar os últimos 10.
A consulta é uma saída para ampliar a rede assistencial da cidade, que sofre com a superlotação e o crescimento de casos confirmados. "Estamos vivendo o pior da pandemia em relação à ocupação hospitalar, que já supera os 90% de ocupação em boa parte do Paraná. Oficiamos os hospitais, mas nenhum respondeu positivamente em celebrar esses contratos porque todos os leitos estão preenchidos", disse o secretário de Saúde, Felippe Machado.
Diante desta negativa, o jeito foi reorganizar os que estão disponíveis. "Estamos conversando com o governo estadual para tentar otimizar os leitos que temos. Isso pode acontecer com o decreto de lockdown, que consequentemente influencia na circulação de pessoas, número de acidentes e internações por traumas. Pode ser que não ampliemos, mas usemos os que existem para a Covid-19", disse Machado.
HU
Referência no recebimento de contaminados com a doença na região de Londrina, o Hospital Universitário (HU) vive uma situação desesperadora. A ocupação máxima tanto dos leitos de UTI quanto de enfermaria fez com que a superintendência suspendesse as férias e licenças dos servidores e deslocasse os funcionários do Ambulatório de Especialidades para atender os pacientes com Covid-19.
O caos também fez com que Felippe Machado encaminhasse uma solicitação ao secretário estadual de Saúde, Beto Preto, para habilitar mais leitos no HU. "Ainda não tive retorno", comentou à FOLHA. Procurada, a SESA deve se pronunciar sobre o assunto nesta quarta-feira (3) à tarde.