Agência Estado
A polícia concluiu ontem o inquérito sobre o assassinato do adestrador de cães Edson Neris da Silva, ocorrido na madrugada do dia 6, na Praça da República, centro de São Paulo. O relatório do inquérito aponta 18 skinheads como os responsáveis pelo assassinato e pela tentativa de homicídio contra o operador de Telemarketing Dario Pereira Netto, amigo de Silva. Ele conseguiu escapar do ataque dos carecas.
O delegado Jorge Carlos Carrasco, titular da 1ª Delegacia Seccional, afirmou em seu relatório que os acusados formam uma quadrilha, pois foi provada a existência de vínculo associativo permanente entre os presos. Dos 18 skinheads detidos em um bar na Bela Vista, um Vanderlei Cardosos de Sá foi reconhecido por uma testemunha.
O promotor Marcelo Milani informou que deverá entregar hoje a denúncia criminal contra os acusados ao juiz José Rui Borges Pereira. Eles deverão ser processados sob as acusações de triplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.
No Rio de Janeiro, a estátua da Justiça, em frente ao Fórum, no centro, foi coberta por um manto nas cores do arco-íris (símbolo de entidades gays), num protesto contra a morte de Edson. Os manifestantes distribuíram ainda rosas entre as pessoas que passaram pelo local. A Justiça não vai estar cega neste caso; os crimes contra homossexuais devem ser punidos, defendeu o secretário-geral da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT), Cláudio Nascimento da Silva.
Ou acesse com:
Não tem conta? Cadastre-se aqui gratuitamente!