Imagem ilustrativa da imagem Polícia Civil indicia quatro por fraudes com terceirizadas no HU
| Foto: Ricardo Chicarelli/Arquivo FOLHA

A DCCO (Delegacia de Combate ao Crime Organizado) de Londrina concluiu o inquérito que apurou as circunstâncias de desvios de verbas ocorridos no HU (Hospital Universitário) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), entre 2016 e 2018, por meio de prestação de serviços médicos por empresas terceirizadas. Os autos, com 26 columes, foram encaminhados para a 4ª Promotoria de Londrina e propõem o indiciamento de quatro pessoas por formação de quadrilha, fraude à licitação, peculato e falsificação de documento público.

Investigado no âmbito da “Operação Espelho”, o esquema contaria com o pagamento em duplicidade por serviços prestados por uma empresa registrada no nome de uma pessoa ligada a Lucélia Pires Ferreira, que era secretária da Diretoria Clínica do hospital e morreu no mesmo dia em que daria esclarecimentos sobre o caso. A apuração apontou para pagamentos em duplicidade por serviços prestados e o esquema foi descoberto quando o TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Paraná pediu esclarecimentos. A empresa contratada era registrada no nome do genro de Lucélia e supervisionada por uma médica - ao fim deste contrato, a mesma médica criou outra empresa, que assumiu as mesmas funções.

Segundo auditoria da UEL, que auxiliou a investigação policial, o esquema levou ao desvio de mais de R$ 766,8 mil. Segundo a Polícia Civil, a ex-diretora crlínica e a ex-superintendente do HU podem responder criminalmente por prevaricação por não terem cessado o contrato com a empresa do genro da servidora, mesmo após tomarem conhecimento do elo de ambos. Um outro inquérito foi aberto para apurar o desvio de mais de R$ 1,2 milhão, relacionado com os mesmos indiciados e uma terceira empresa envolvida, também fornecedora de serviços terceirizados na área médica.

Volumes do inquérito enviado ao Ministério Público
Volumes do inquérito enviado ao Ministério Público | Foto: Divulgação/PCCO

O inquérito policial foi finalizado 6.863 páginas, distribuídas em 26 volumes. A DCCO tomou 68 depoimentos e fez seis interrogatórios.