"Se fosse hoje, os meus filhos teriam sido adotados mais rapidamente", afirma Elisangela Cavalcante de Oliveira Rosa,  com o marido Henrique e os filhos Alisson, Amanda e Gabriel
"Se fosse hoje, os meus filhos teriam sido adotados mais rapidamente", afirma Elisangela Cavalcante de Oliveira Rosa, com o marido Henrique e os filhos Alisson, Amanda e Gabriel | Foto: Gina Mardones



Quando a professora Elisangela Cavalcante de Oliveira Rosa e o marido Henrique dos Santos Rosa descobriram que não poderiam ter filhos biológicos, após dois anos de tentativas para engravidar, logo decidiram entrar na fila da adoção. No início dos anos 2000, ainda não havia sido criado o CNA (Cadastro Nacional de Adoção), então o casal habilitou-se em várias comarcas, além de Londrina. "A ansiedade era grande. Queríamos para logo e vimos que não era um processo rápido. Mas essa espera é importante para ir amadurecendo", relembra a professora.

O perfil das crianças definido pelo casal era de zero a seis anos de idade, mas foi um ano e meio de espera até que a professora e o marido ficaram sabendo, por meio de um parente, de dois irmãos de Antonina, no Litoral do Paraná, que poderiam ser adotados. As crianças tinham três e um ano de idade. "Não estávamos habilitados naquela comarca, mas entramos em contato, conversamos com a promotora e ela nos informou que não havia interessados na adoção dos dois garotos." Foi assim que a professora e o marido tornaram-se, em 2007, pai e mãe de Gabriel, 14, e Alisson Henrique, 11.

Mesmo após a chegada dos garotos, o casal permaneceu na fila da adoção e, três anos mais tarde, tornaram-se pais novamente, dessa vez de uma menina de menos de um ano de idade, a Amanda, hoje com nove anos.

"Quando adotamos nossos filhos, você se habilitava em várias comarcas e podia ligar para cada uma delas para saber como estava o processo. Hoje, você entra em uma fila só e escolhe os estados", compara Elisangela. Com a criação do cadastro unificado e agora, com o aprimoramento da ferramenta, avalia a professora, é possível "abrir um leque" de opções. Além de agilizar o processo de adoção, para as crianças é muito positivo porque reduz o tempo no acolhimento. "Se fosse hoje, os meus filhos teriam sido adotados mais rapidamente. Eles ficaram um ano no abrigo." (S.S.)

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