A Polícia Civil de Londrina garante que não esqueceu o homem acusado de assassinar Fernanda Estruzani, sua ex-mulher, em agosto de 1989. Marcos Campinha Panissa nunca foi encontrado. Em entrevista exclusiva à FOLHA, o delegado de Homicídios, João Reis, revelou que recebeu uma denúncia há quase dois anos de que o assassino não estaria tão longe do Paraná.

Imagem ilustrativa da imagem Caso Panissa: assassino foi procurado pela última vez em 2020
| Foto: Foto: Hidreley Diao

A informação partiu do promotor Ricardo Domingues, na época titular da 11ª Promotoria, vinculada à 1ª Vara Criminal. O representante do Ministério Público foi informado anonimamente e repassou os detalhes para o delegado, que preferiu não revelar o nome do estado que Panissa estaria escondido com medo de prejudicar as investigações.

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Entre julho e setembro de 2020, investigadores londrinenses trocaram detalhes com outros policiais da casa onde Panissa estaria morando. Uma campana foi montada na frente do endereço, mas o foragido não estava no imóvel. "Não foi uma coisa rápida porque o caso é bem complexo. Possivelmente ele usa documento falso. Também tem a questão da aparência, que está bem diferente da época do crime", comentou o delegado.

Sem sucesso, a Polícia Civil não tentou localizá-lo novamente. "Tivemos que recuar porque não recebemos novas denúncias. A dificuldade é encontrar onde ele possa estar, qual seria o último local que visitou, por exemplo. Não sabemos como o Panissa consegue se manter, se é sustentado por alguém", argumentou.

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O acusado estaria hoje com 53 anos. A pedido da FOLHA, o artista digital Hidreley Diao fez uma reconstituição do rosto de Panissa. "A imagem pode ser decisiva para prendê-lo, até porque o mandado expedido pela Justiça continua aberto", informou João Reis.

Denúncias podem ser feitas para a Delegacia de Homicídios pelo telefone (43) 3329-1835, que também é WhatsApp e funciona 24 horas. O órgão fica na rua Dona Leopoldina, 99, no bairro Aeroporto, região leste.

O caso

Marcos Panissa foi tema do primeiro episódio do podcast "Banco dos Réus", da Folha de Londrina, que tem novos capítulos todas as quintas-feiras nas principais plataformas de áudio. Ele matou com 72 facadas a ex-mulher, Fernanda Estruzani.

Ela foi encontrada morta no Edifício Hedy, na avenida São Paulo, área central. Segundo amigos do casal, Panissa nutria um ciúme doentio por Fernanda. Ele foi submetido a três julgamentos, em 1991, 1992 e 1995, mas nunca compareceu.

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