Cronologia do Caso Fernanda Estruzani - Fúria e sangue no 12º andar

Confira a linha do tempo dos acontecimentos que marcaram o crime do Edifício Hedy

Publicado quinta-feira, 26 de maio de 2022 | Autor: Ana Júlia Gabas - Estagiária* às 05:00 h

6 DE AGOSTO DE 1989

Fernanda Estruzani foi morta com 72 facadas

Imagem ilustrativa da imagem Cronologia do Caso Fernanda Estruzani - Fúria e sangue no 12º andar

O crime aconteceu no Edifício Hedy, na Avenida São Paulo, centro de Londrina. O principal suspeito foi seu ex-marido, Marcos Campina Panissa, que estava foragido. Fernanda casou-se aos 17 anos com Panissa, que tinha 20 anos. Os dois estavam há dois anos separados e tinham uma filha juntos. Panissa fazia parte de uma família muito rica e influente da cidade e, segundo relato de amigos, ele era muito ciumento quando se tratava de Fernanda.

16 DE AGOSTO DE 1989

Juiz decreta prisão preventiva de Panissa

Marco não comparece para prestar depoimeto e sua prisão preventiva é decretada. Segundo afirmava seu advogado, Panissa estava sob a tutela de médicos desde quando cometeu o crime, pois alegava estar abalado psicologicamente.

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20 DE AGOSTO DE 1989

Mulheres em passeata contra violência

Um grupo de mulheres realizam manifestação exigindo justiça nos casos de assassinato de mulheres da cidade e uma polícia mais eficiente.

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7 DE SETEMBRO DE 1989

Um mês do crime e nem inquérito havia ainda

A burocracia do Estado em conjunto com a falta de materiais no Instituto de Criminalística impediram a conclusão dos laudos de exumação do corpo da vítima. Sem esses documentos, o delegado não conseguia encaminhar o inquérito para o fórum. Panissa segue foragido.

OUTUBRO DE 1991

Dois anos depois

Panissa foi a julgamento pela primeira vez apenas dois anos depois do crime. Na época, foi condenado a 20 anos e 6 meses de prisão. O advogado era Antônio Carlos de Andrade Viana​.

MARÇO DE 1992

Novo julgamento

Panissa foi submetido a outro julgamento e teve a pena reduzida para 9 anos de prisão​.

31 DE MAIO DE 1995

Terceiro julgamento

A defesa e a acusação recorreram e um terceiro julgamento foi marcado. Panissa não compareceu e foi considerado foragido desde então​. Ele não havia comparecido nos outros dois julgamentos e, por isso, nunca chegou a ser preso.

FEVEREIRO DE 1999

Defesa tenta utilizar carta psicografada por Chico Xavier

No julgamento de 1995, a defesa de Panissa anexa ao processo, para ser usada como instrumento defesa no terceiro julgamento, uma carta que teria sido psicografada pelo médium mineiro Chico Xavier. Na carta, Fernanda Estrusani dizia que não fora morta por Panissa, ‘‘mas sim pratiquei o suicídio porque magoei e feri loucamente a quem tanto amor me deu’’. ​Em fevereiro de 1999, A 1ª Vara Criminal do Fórum de Londrina recebeu um documento vindo do Fórum de Uberaba (MG) que prova ser falsa a carta psicografada que estava sendo usada pela defesa de Panissa no processo.

20 DE JULHO DE 2000

Destaque nacional

A morte de Estruzani foi divulgado pelo programa Linha Direta, da Rede Globo. O programa apresentava crimes que aconteceram pelo Brasil os quais autores estariam foragidos da Justiça. O obejtivo era trazer visibilidade ao caso e tentar obter uma resolução.

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22 DE AGOSTO DE 2004

Testemunha é executada a tiros

O vendedor autônomo Edilson Ferreira da Silva, 38 anos, conhecido como Buzina, foi morto com quatro tiros. Buzina testemunhou que na tarde anterior ao assassinato estava no apartamento de Fernanda, com quem estava namorando, quando Panissa chegou. Ele teria agredido o vendedor, que reagiu. Depois da briga, Panissa foi embora. e pouco depois, Buzina e Fernanda deixaram o apartamento para visitar a mãe do vendedor e retornaram por volta das 21 horas.​ Na ocasião, Silva não teria subido até o apartamento. Fernanda foi encontrada esfaqueada depois.

8 DE NOVEMBRO DE 2007

Até a Interpol entrou nessa

Surge o boato de que Panissa teria sido preso nos Estados Unidos. Um representante do Ministério da Justiça telefonou para a 1ª Vara Criminal de Londrina perguntando se o mandado de prisão contra Panissa ainda era válido e pedindo que o documento fosse enviado urgentemente para a Interpol. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça não confirmou a prisão de Panissa, informando que a pessoa que poderia dar a informação não tinha sido localizada.

29 DE NOVEMBRO DE 2008

Renovado o mandado de prisão preventiva contra Marcos Panissa para 21 anos e seis meses de prisão​

Privilegiado pela lei 11.689, relativa a crimes dolosos contra a vida, Panissa não precisou comparecer ao Tribunal do Júri de Londrina para ser julgado pelo conselho de sentença. Pela voz de seu advogado, Panissa alegou que ele só se apresentaria à Justiça caso diminuíssem a pena.

2022

E como está o caso agora?

Até hoje Panissa está foragido e não cumpriu um único dia de sua sentença. Ninguém sabe ao certo como está sua aparência agora, já que já se passaram mais de 30 anos desde o crime. Em exclusividade para o podcast Banco dos Réus, o artista digital Hidreley Diao fez uma reconstrução do retrato de como estaria Marcos Panissa nos dias de hoje, aos 57 anos.

Não esqueça de ouvir o episódio para conferir a história detalhada do crime com entrevistas exclusivas.