Dona de grande peso no vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina), a redação merece uma atenção muito especial. Como a FOLHA já trouxe anteriormente, a redação do Vestibular da UEL pode fugir do formato trabalhado em edições anteriores, por não especificar qual o modelo de texto a ser feito pelo candidato.

- Redação da UEL pode fugir do formato tradicional

No formato de redação atualizado a partir de 2010, e que durou até o início da pandemia, poderiam cair de duas a quatro propostas de texto mais curtos, no formato dissertativo-argumentativo, ou então um texto narrativo.

De acordo com a professora de português do Colégio Marista, Laís Souza, a UEL cobra uma característica de redação diferente do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). "Não é um modelo engessado, em que é necessário escrever em cima daquele molde dissertativo-argumentativo. Quando a UEL suprime esse termo da sua proposta, é porque pode aparecer qualquer gênero textual que vem sendo cobrado nos últimos anos", comentou.

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Laís inclusive cita algumas possibilidades que fogem do modelo usado nos vestibulares anteriores. "Não me surpreenderia se aparecesse uma proposta de resumo, uma resposta interpretativa ou resposta argumentativa, que estão nos gêneros que foram criados com uma finalidade avaliativa, e que não circulam em um esfera social. A resposta argumentativa aparece como um gênero que cobra argumentação, porém cobra a relação entre textos, e o candidato defender um posicionamento em um texto mais curto, o que é uma característica da UEL", explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Tema da redação: à espera das várias possíbilidades
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Para encarar a redação, a professora aponta que o aluno deve estar apto a interpretar o enunciado e chegar no que foi solicitado pela proposta. "A UEL gosta muito de cobrar a habilidade de síntese. O candidato deve ter em mente que não haverá um texto extenso igual ao Enem para defender seu posicionamento. Imaginamos algo entre 15 a 18 linhas. É necessário trabalhar a questão da objetividade, sem perder a qualidade argumentativa", concluiu.

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