Imagem ilustrativa da imagem No vestibular da UEL, Platão, Aristóteles e Escola de Frankfurt são temas recorrentes
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Dentro de sua essência nas Ciências Humanas, a filosofia faz parte do Vestibular da UEL desde 2003. Para reforçar seu caráter de importância, a disciplina já foi integrante das provas de conhecimentos específicos de outros 14 cursos: administração, artes cênicas, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências sociais, design de moda, direito, educação física (licenciatura), música, pedagogia, psicologia, relações públicas, secretariado executivo e serviço social.

Hoje, maior de idade, a filosofia encara o novo formato do vestibular, sem as características questões dissertativas, e com uma redução no número de questões na prova de conhecimentos gerais. “Em vestibulares anteriores, a expectativa era sempre da prova apresentar de cinco a oito questões. Levando em consideração a edição 2021, já no modelo adaptado, a gente espera que esse número caia de três a quatro”, comentou o professor de filosofia do Colégio Marista Guto Pires. “Dessa forma, também se minimiza os chutes. Por outro lado, o número de autores dentro dos eixos temáticos aumentou. É mais conteúdo para um número menor de questões”, acrescentou.

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A Folha de Londrina, em parceria com o Colégio Marista, inicia nesta edição de 3 de janeiro a publicação de simulados que o ajudarão a se preparar para o vestibular da UEL. Nesta segunda-feira, veja as questões da área de ciências humanas selecionadas pelos professores do Marista. Todas as segundas-feiras, até os dias que antecedem o concurso da Universidade Estadual de Londrina, a Folhavest traz conteúdos relacionados à prova da maior universidade estadual do Paraná.

Entre os carros-chefes da filosofia no vestibular da UEL, o professor listou quatro grandes assuntos. “Quase sempre a dupla Platão e Aristóteles é mencionada nas provas. Eles são a base do conteúdo cobrado, por isso nunca é demais estudá-los”.

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A política, dentro da filosofia, também é um tema recorrente, nas palavras do professor. “A UEL prefere assuntos que possam ser amplamente explorados como a filosofia política na visão dos chamados ‘contratualistas’”, disse Pires, se referindo aos filósofos Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.

Considerado um dos filósofos mais importantes da Idade Moderna, o alemão Immanuel Kant também é um dos personagens que frequentemente marcam presença com questões que abordam a ética e epistemologia.

Tema mais atual, a chamada Escola de Frankfurt traz à tona o consumismo e o poder dos meios de comunicação. “A tecnologia como a internet, o uso de smartphones e os impactos das redes sociais, junto com as propagandas de TV e Rádio podem servir em uma questão que contenha tirinhas ou charges, por exemplo, numa forma de contextualização. A Escola de Frankfurt é um assunto flexível desta maneira e ainda muito presente nos dias de hoje”, afirmou Pires.

O QUE A UEL PEDE

No Manual do Candidato, a UEL apresenta o “Programa das Disciplinas”. Por lá, o aluno além de conferir os eixos temáticos da disciplina de filosofia, também analisa o que o vestibular considera necessário que o candidato saiba para responder as questões, como o “ler de modo filosófico” e a “competência crítico-reflexiva”.

“É a capacidade de ler, questionando aquilo que está sendo colocado pelo autor, entendendo como ele chegou à determinada conclusão. Entender o cenário no qual o autor está inserido e o seu papel naquele momento”, explicou o professor. Pires completa dizendo que ter um bom vocabulário é imprescindível para o vestibular UEL. “Independente do curso, ela (UEL) quer alunos que saibam escrever e tenham repertório”.

SEM DESENVOLVER A ESCRITA

As questões dissertativas da prova de conhecimentos específicos eram uma forma a mais de testar os alunos. Com a mudança de formato e a supressão desse tipo de prova, na avaliação do professor a filosofia acaba perdendo um espaço importante. “Naquela prova o aluno poderia demonstrar como ele articula os conceitos dentro de uma linguagem filosófica. Uma prova inteira objetiva não é tão filosófica, já que o ato de assinalar um ‘X’ na alternativa correta já é uma limitação de pensamento”, refletiu.

No entanto, o professor pondera que a base da leitura é um fator que ajuda bastante no formato atual. “Com uma leitura crítica, interpretação e bom vocabulário, o aluno elimina de duas a três alternativas erradas e tem mais chances de acertar. Já o peso da escrita foi transferido para a redação, e é importante que caso seja usado temas da filosofia, que o aluno saiba utilizar de argumentos críticos”, finalizou.

Veja o Caderno 1 do FolhaVest com o simulado de questões de Ciências Humanas

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