Uma parceria entre universidades, cooperativas, empresas e startups possibilitou, recentemente, o início das atividades do CIA AGRO (Centro de Inteligência Artificial no Agro), uma proposta dentro dos NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação), onde estudos no setor da agronomia serão realizados com a ajuda de uma Inteligência Artificial para melhorar a produção nas plantações de soja paranaenses.

A UEL (Universidade Estadual de Londrina) e a UTFPR (Universidade Tecnológica do Paraná), juntamente com instituições como IDR-PR (Instituição de Desenvolvimento Rural do Paraná), Fundação ABC e Embrapa Soja, irão trabalhar para otimizar o domínio das habilidades agrícolas com a coleta de dados, como condições meteorológicas, saúde das plantas e fertilidade dos solos. A partir da coleta, as instituições preveem desenvolver soluções para a ferrugem asiática e o mofo branco, por exemplo, doenças que causam bilhões de prejuízo todos os anos aos produtores.

A previsão é que o projeto atinja 10% das plantações de soja no Estado
A previsão é que o projeto atinja 10% das plantações de soja no Estado | Foto: iStock

O objetivo, segundo a diretora de planejamento do Cia Agro, Cristianne Nascimento, é a transferência de tecnologia para o pequeno e médio produtor. Tornando o projeto um agente de desenvolvimento social e técnico para a criação de riqueza e bem-estar para a população, com o uso da Inteligência Artificial aplicada na agropecuária. “Principalmente no Paraná, onde o agronegócio é uma força econômica, com a mobilização de um conjunto de especialistas em transformação digital para o desenvolvimento de um ecossistema de inovação e crescimento de forma integrada”, explica Nascimento.

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O arranjo recebeu apoio inicial no valor de R$2 milhões, sendo: R$1 milhão da Fundação Araucária e R$1 milhão de outros parceiros para investimentos em bolsas, equipamentos, materiais e serviço terceirizados. Apesar de parecer um valor elevado, o projeto necessita de mais recursos para aquisição de equipamentos caros como drones que serão utilizados para análise das plantações através de fotografias e outros dados.

O sistema atual conta com uma rede de estações e radares meteorológicos, além de uma rede de armadilhas caça esporos do IDR, conhecimento da cadeia agronômica de soja da Embrapa, expertise em sistemas automatizados da Fundação ABC, acesso a dados de semeadura da soja paranaense da ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e o time de I.A. da UEL e UTFPR.

A previsão é que atinja 10% das plantações de soja do Estado com funções como padronização e aumento da coleta de dados meteorológicos e melhora do processo de contagem de esporos. Isso significa simplificar os processos de análise, com o sistema simulando situações, pensando em respostas e realizando a resolução de problemas.

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Folha de Londrina

ENTENDA O QUE É UMA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Uma IA nada mais é do que um super sistema com o poder de aprender e de exercer funções de forma independente: Ela analisa e organiza os dados para entender e identificar padrões e reações utilizando tecnologias como algoritmos, redes neurais artificiais e sistemas de aprendizado com um grande volume de dados, sendo capaz de tomar decisões autônomas similares a capacidade humana.

Carros, fábricas e até hospitais já utilizam a Inteligência Artificial, além da maior parte das empresas de tecnologia como redes sociais, serviços de streaming e sites de buscas, com algoritmos otimizando o direcionamento de conteúdos e propagandas para os consumidores.

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