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Folha 2 5m de leitura

Artista formado pela UEL expõe obras no Museu do Louvre

Leto William fez mestrado na Escola de Belas Artes de Paris e pode participar de um projeto junto ao Louvre

ATUALIZAÇÃO
01 de novembro de 2022

Ana Luiza Barreto * ESTAGIARIA
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Artista formado pela UEL expõe obras no Museu do Louvre
Leto William: artista londrinense participou de exposição no Louvre, um dos museus mais importantes do mundo
 

O artista londrinense Leto William fez uma participação numa das exposições no Museu do Louvre, em Paris, um dos museus mais importantes do mundo e que tem obras como a pintura da “Monalisa”, de Leonardo da Vinci.

O artista formou-se pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) em 2014, mas começou a se interessar pelo mundo das artes muito antes de ingressar na universidade, sendo que em 2008 trabalhou como menor aprendiz  na PROEX (Divisão de Eventos da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade).

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O artista visitou a França pela primeira vez em 2018, após vencer um concurso, no mesmo ano o jovem resolveu fazer mestrado na Escola de Belas Artes de Paris e a partir daí surgiu a oportunidade de desenvolver um projeto em parceria com o Louvre. 

William conta detalhes deste convite: "A oportunidade de expor veio a convite do Fabrice Vannier, artista e professor de mosaico na Belas-Artes. Há um ano eu faço parte de seu ateliê, que, junto aos ateliês de Talha ( Götz Arndt ) e Fundição ( Philippe Renault ) compõem o laboratório Matéria e Espaço, que organiza o projeto de exposição com o Louvre. O convite aconteceu pois o meu trabalho reflete algumas questões que circunscrevem o projeto deste ano: meu interesse pelo mar enquanto elemento de múltiplos acessos conceituais/plásticos, e alguns trabalhos sonoros desenvolvidos desde 2017”.

A exposição « coup d’éclats », que aconteceu no Museu do Louvre entre os dias 11 de maio e 13 de junho de 2022, foi fruto de uma parceria já há alguns anos entre a Escola de Belas-Artes de Paris e o Museu. O projeto se desenvolveu em dois momentos : uma residência artística na ilha de Thasos, no norte da Grécia, e a exposição no Departamento da Grécia Antiga depois de o visitar algumas vezes.

 

O trabalho de William foi nomeado como "Quimera", o animal presente em diversas mitologias como a grega, que tinha as partes do seu corpo composta por outros animais,  a versão mais conhecida deste monstro é com a cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de cobra.

“A escolha desse título vem de um personagem da cultura grega, a Quimera, que é um ser mitológico formado por partes dos diferentes animais, uma parte leão, uma parte cabra e um rabo de serpente. Esse nome migra no vocabulário comum para designar algo que é feito de diferentes partes incongruentes. Desde que vim para a França em 2018, a questão de minhas origens - que também é uma questão da sociedade no Brasil e aqui - pautou diversas de minhas leituras e trabalhos artísticos.

Me vejo como não pertencente a nenhuma dessas culturas, mas com elementos que emanam delas proponho uma leitura de uma origem fragmentada, onde as partes não se conectam necessariamente com harmonia, mas se impõem de maneiras inopinadas, gerando esse ser fantástico.”, explica o artista sobre sua obra.

 Além da mitologia grega, outras inspirações do artista vieram de elementos plásticos dentro das referências já citadas, e de questionamentos filosóficos e sociológicos presentes hoje no debate artístico brasileiro.

Supervisão: Célia Musilli/ Editora 

 

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