Londrina reencontra Brusque no sábado após polêmicas de 2021
Clube catarinense chegou a perder pontos depois de atos racistas contra Celsinho, mas foi absolvido no STJD; LEC pode estrear zagueiro
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Clube catarinense chegou a perder pontos depois de atos racistas contra Celsinho, mas foi absolvido no STJD; LEC pode estrear zagueiro
Lucio Flávio Cruz - Grupo Folha

O Londrina encara como uma decisão a partida de sábado (14) contra o Brusque, no estádio do Café. Sem vencer há cinco partidas, o Tubarão precisa se recuperar para tentar sair da zona do rebaixamento. Em 2021, os dois confrontos contra o time catarinense foram marcadas por diversas polêmicas.

Na segunda rodada do Brasileiro, o Brusque ganhou no Café por 1 a 0, com um gol totalmente impedido do centroavante Edu. O VAR (árbitro de vídeo) só foi inserido pela CBF no segundo turno da Série B do ano passado. O lance gerou muito reclamação do alviceleste e da torcida.
Leia também
Sem vencer há cinco jogos, LEC pede apoio da torcida para reagir
Adilson ameniza saída de volante: "É preciso entender o lado de quem manda"
No returno - o jogo terminou 0 a 0 -, a partida ficou marcada pelo ato racista cometido por um dirigente do Brusque contra o meia Celsinho. O jogador estava no banco e relatou ao quarto árbitro a seguinte ofensa: "vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha". A ofensa foi praticada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Brusque, que estava nas cadeiras sociais do estádio Augusto Bauer.
O Londrina denunciou o clube catarinense no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que puniu a equipe com a perda de três pontos. No entanto, o Brusque recorreu e foi absolvido em um segundo julgamento pelo Pleno do STJD. A decisão gerou muita insatisfação no LEC e teve repercussão nacional.
Para não deixar o episódio cair no esquecimento, um grupo de torcedores do Londrina, intitulado Bancada Alviceleste, vai inaugurar no sábado uma faixa com a foto de Celsinho, ajoelhado e com o punho cerrado, e com os dizeres: "Ame o Londrina. Odeie o racismo".
"Nosso posicionamento sempre foi e sempre será antifascista e antirracista. Homenageando Celsinho lembramos de todas e todos aqueles que ainda sofrem preconceito pela cor de pele em pleno século XXI", escreveu o grupo nas redes sociais.
Equilíbrio
Apesar da atuação ruim e da goleada para o Bahia na última rodada, o técnico Adilson Batista afirmou que há pontos positivos a se considerar e que o caminho não é modificar completamente a equipe. O treinador pregou equilíbrio para o time voltar a vencer.

"Nem tudo que aconteceu está errado. Foram dois erros que culminaram em gols e erros acontecem", frisou o treinador. "Quando vencemos o Náutico eu vi erros, que muitos elogiaram. Não está tudo errado e não é por que perdeu que você não pode manter uma formação".
O treinador deve fazer três alterações na equipe. Recuperado de lesão, o lateral-direito Samuel Santos volta ao time. O zagueiro Gustavo Vilar e o meia Gegê podem estrear. Marcinho e Mandaca disputam posição no meio.
"É preciso ter um pouco de calma porque trocar todo mundo não é assim que se faz no futebol. Se eu entender que é preciso mexer pensando no coletivo, vou fazer. Mas nada radical, vamos com equilíbrio", completou.
O Londrina é o 18º colocado, com cinco pontos, enquanto o Brusque está em 12º, com sete. Os times se enfrentam no sábado, às 11h, no Café.
Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link

