O Londrina vai criar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A decisão já foi tomada pelo Conselho de Representantes do clube e os associados serão convocados nas próximas semanas para aprovar as mudanças estatutárias necessárias para a criação da empresa. O LEC espera que ao longo do mês de junho todo este processo já esteja finalizado.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina avança em discussão e SAF será criada até junho, diz Prochet
| Foto: Gustavo Oliveira/Arquivo LEC

O clube alviceleste tem analisado várias propostas e ofertas de grupos investidores brasileiros e também de fora do país. De acordo com o presidente Felipe Prochet, ainda não há uma proposta formalizada, mas alguns modelos estão sendo debatidos internamente na comissão formada exclusivamente para discutir sobre a SAF no Conselho.

"A criação da SAF vai acontecer independentemente se houver uma proposta ou não, até porque o Conselho já aprovou isso. Existem propostas e estão sendo avaliadas e o que for formalizado será levado ao Conselho e posteriormente aos associados", frisou Prochet, em entrevista à rádio Paiquerê 91,7. "A proposta é o mercado que dita. O Cruzeiro queria ficar com 51% da SAF, mas teve que vender 90%. Temos algumas bases e referências e vamos aceitar apenas o que for bom para o clube".

JANELA DE JULHO

Apesar de prometer que o processo para a criação da SAF será agilizado pelo clube, Prochet não garantiu que os novos investidores já trabalhem no Londrina antes da abertura da janela de transferências da Série B, em 18 de julho, como deseja o gestor Sérgio Malucelli.

"A criação da SAF vai ocorrer, mas o meio do campeonato nunca é o melhor momento para fazer uma transição. O melhor momento era aquele lá no final do ano passado, quando tínhamos uma proposta. De qualquer forma, acredito que pode até trazer um reflexo positivo porque podemos construir um modelo de um aporte financeiro antecipado, como fez o Vasco, enquanto se discute o contrato final e até almejar algo maior na série B".

Para o presidente do Conselho de Representantes do LEC, Denilson Roberto de Paula, com a decisão tomada de se criar a SAF é preciso agilizar o processo até para que o Londrina não fique para trás em termos de investimento. Paula ressalta que a Série B a cada ano fica mais difícil e competitiva e que o clube reconhece os esforços e as dificuldades do atual parceiro em tocar o futebol.

"Não é questão de pular etapas, mas também não podemos perder o timing. Um dos grupos interessados tem conversado muito com a gente para construirmos um modelo conjunto. Eles querem entender o que o Londrina quer, precisa e valoriza para termos um negócio justo para todo mundo", apontou.

VALOR DA MARCA

O LEC já tem em mãos o resultado do estudo que calculou o valor da marca do clube e será passado aos conselheiros em uma reunião esta semana para em seguida ser divulgado aos associados. "A maioria das propostas fala em chegar na Série A em três anos. Temos estudos que mostram que os times que subiram gastaram entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões com elenco. Sabemos que menos que isso é difícil e todos que nos procuram sabem desta realidade", pontuou o presidente do Conselho.

Todo o processo de negociação para a criação da SAF e contato com futuros interessados tem sido feito junto com o gestor Sérgio Malucelli. Felipe Prochet afirmou ainda não saber qual será o papel do gestor na futura empresa, mas garantiu que todos os interessados querem incluir o CT da SM Sports no negócio. "Ninguém vai injetar 20, 30, 50, 100 milhões em um negócio se ele não tiver como tocar este negócio. Todos têm interesse no CT e, por isso, sempre estamos trabalhando junto com o Sérgio".

A Justiça do Trabalho também tem acompanhado este processo e já comunicou o LEC que a intervenção deve ser finalizada nos próximos meses, já que não há mais justificativa para a medida, em razão do Londrina ter sanado praticamente todas as suas dívidas trabalhistas.

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