Em meio ao crescente desejo de vários clubes brasileiros de se transformarem em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e a discussão para a criação de uma liga independente, que incluiriam equipes das séries A e B, o Londrina também encaminha o seu processo para mudar o seu estatuto para clube-empresa.

Malucelli: "A SAF vai salvar o futebol brasileiro e se for importante para o LEC e para nós temos que fazer"
Malucelli: "A SAF vai salvar o futebol brasileiro e se for importante para o LEC e para nós temos que fazer" | Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

O assunto já é debatido há tempos no Conselho de Representantes do LEC. Uma assembleia geral havia sido convocada para o dia 5 de março, quando os associados votariam em mudanças estatutárias, que permitiriam ao clube a transformação em SAF. A reunião, no entanto, foi adiada - não tem nova data definida ainda - para que novas discussões internas fossem feitas no Conselho e depois levadas a aprovação dos associados.

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Entre os temas está uma nova proposta de um grupo de investidores para assumir o clube, a partir da criação de uma SAF, que assumiria os ativos do futebol alviceleste. "A proposta existe e chegou para o Marcel (Figer). O Felipe (Prochet) e o Conselho já têm conhecimento também. A transformação em SAF é o que vai salvar o futebol brasileiro", afirmou o gestor Sérgio Malucelli, em entrevista à rádio Paiquerê 91,7.

Recentemente o empresário desistiu de uma proposta para repassar o futebol alviceleste e também o centro de treinamentos para investidores paulistas. O grupo havia, inclusive, chegado ao valor de R$ 34 milhões, pedido por Malucelli, para a venda do CT.

"Estamos abertos a negociações e se for importante para o Londrina e para nós temos que fazer. O futebol está mudando muito, está muito caro e quem não se estruturar não vai suportar. Só não podemos entregar como estávamos fazendo na proposta anterior. Tem que ser bom para todo mundo", apontou o gestor. A FOLHA não vonseguiu falar com o presidente Felipe Prochet.

Liga

Inspirada no modelo de LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, e com divisão igualitária dos direitos internacionais de televisionamento, o banco de investimentos da XP apresentou sua proposta para a nova liga de clubes no Brasil. O encontro ocorreu na terça-feira (15) e teve presença de presidentes ou representantes de 35 agremiações. Entre os principais do país, a única ausência foi o Palmeiras. O LEC foi representado por Marcel Figer, sócio de Sérgio Malucelli.

Pela proposta da XP mostrada aos cartolas, os direitos de TV nacionais seriam divididos 50% em partes iguais entre as 20 equipes da Série A, 25% distribuídos pela performance no campeonato e 25% por exposição e audiência dos jogos.

A internacionalização das transmissões do Brasileiro é um dos objetivos declarados da XP com a proposta. Para as vendas ao exterior, a oferta é que o dinheiro seja dividido em partes iguais. Nesse sentido, copia o que é usado pela Premier League, o Campeonato Inglês. Javier Tebas, presidente da LaLiga, participou da reunião.

"O mercado nunca esteve tão oportuno quanto hoje. O interesse de investidores jamais esteve tão alto. O negócio da liga no futebol brasileiro é um grande tema. Nenhum investidor vai se abster disso. A dinâmica da indústria de entretenimento favorece a valorização da liga", disse Guilherme Ávila, responsável pela divisão de esportes do banco de investimento da XP.

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