O meia Celsinho encerrou o seu ciclo no Londrina ao final da série B, já que não teve o seu contrato renovado para 2022. Após a sua quarta passagem pelo Alviceleste, esta parece ser realmente a última do jogador de 33 anos e que sempre despertou amor e ódio no torcedor londrinense.

Celsinho protesta contra o racismo após marcar um gol conta o Coritiba pela série B
Celsinho protesta contra o racismo após marcar um gol conta o Coritiba pela série B | Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

Com a confirmação de que não continuaria no LEC na próxima temporada, Celsinho foi anunciado esta semana como reforço do Lemense e vai disputar a série A2 do Campeonato Paulista.

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Celsinho chegou ao Londrina em 2013 e, entre idas e vindas, ficou até 2017. Retornou durante a série C de 2020 e ajudou o clube a voltar para a série B. Este ano foi campeão paranaense e esteve no elenco que manteve o Tubarão na segunda divisão nacional. Em 2021, atuou em 26 partidas - oito como titular - e marcou um gol.

Com a camisa alviceleste, Celsinho ainda foi campeão estadual em 2014 e da Copa da Primeira Liga em 2017. Ao longo das quatro passagens, o meia disputou 146 jogos e marcou 24 gols no Tubarão.

Celsinho comemora a permanência do LEC na série B após o jogo com o Vasco, sua última partida com a camisa alviceleste
Celsinho comemora a permanência do LEC na série B após o jogo com o Vasco, sua última partida com a camisa alviceleste | Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

"A trajetória do Celsinho como jogador do Londrina se encerrou. Mas ele pode voltar no futuro, quando se aposentar, para trabalhar no clube. Já conversamos algumas vezes sobre isso e vejo com bons olhos", afirmou o gestor Sérgio Malucelli, em recente entrevista à rádio Paiquerê 91,7.

Racismo

Durante a disputa da série B deste ano, Celsinho foi vítima de racismo em três oportunidades. Nas duas primeiras, em jogos contra o Goiás e o Paysandu, foi ofendido com xingamentos preconceituosos por profissionais de rádios de Goiânia e Belém durante a transmissão das partidas. Os casos foram levados para as esferas cível e criminal.

No confronto contra o Brusque, em agosto, Celsinho foi novamente vítima de racismo por parte de um dirigente do clube catarinense, que estava na arquibancada do estádio Augusto Bauer. O caso foi repassado ao árbitro do jogo, que relatou na súmula os xingamentos "vai cortar este cabelo, seu cachopa de abelha".

O Brusque chegou a ser punido com a perda de três pontos na competição em julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), mas recuperou a pontuação com um recurso no Pleno. E foi punido apenas com a perda de um mando de campo e multa de R$ 60 mil.

Identificado como autor da declaração racista, Júlio Antônio Petermann, presidente do Conselho Deliberativo do Brusque, foi suspenso pelo STJD por 360 dias, além de uma multa de R$ 30 mil.

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