Imagem ilustrativa da imagem Londrina vai receber projeto-piloto de tecnologia 5G em áreas rurais
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Londrina foi escolhida pelo Ministério das Comunicações para receber o projeto-piloto para utilização da tecnologia 5G em áreas rurais. O município foi escolhido porque abriga o primeiro Polo Tecnológico do Agro instalado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há um ano e meio, projeto que contou com a articulação da deputada federal Luísa Canziani (PTB-PR). Com a ampliação da conectividade no campo, o objetivo é contribuir para o aumento da produtividade das lavouras e, consequentemente, o aumento da renda do produtor.

A previsão é que as torres de telefonia 5G sejam instaladas no segundo semestre deste ano. “Londrina sempre foi conhecida com uma cidade de vanguarda. Temos um agronegócio forte, institutos de pesquisa como a Embrapa Soja e o Iapar e, além disso, a cidade tem um perfil inovador, conta com um ecossistema de inovação bem estruturado. Tudo isso, possibilitou a implantação do primeiro Polo Tecnológico do Agro, um projeto que contou com a nossa articulação. Então, trabalhamos muito para incluir Londrina nesse projeto-piloto, que vai trazer muito mais inovação aos produtores rurais e levar nossa produção agropecuária a outro patamar”, salienta a deputada Luísa.

Nos próximos dias, a deputada participará de reuniões com as equipes dos ministérios da Agricultura e Comunicações para definir detalhes do projeto-piloto, incluindo as especificações técnicas e locais para a implantação das tecnologias. Além de Londrina, participam do projeto-piloto os seguintes municípios: Rondonópolis (MT), Padef (DF), Uberaba (MG), Ponta Porã (MS), Rio Verde (GO), Petrolina (PE) e Bebedouro (SP). Em locais onde a agricultura digital já é realidade, o uso da internet das coisas demanda um sinal de internet 5G para conexão entre coisas (principalmente objetos) e organismos biológicos como é o caso de plantas e animais.

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Agricultura digital já é realidade no Paraná

Dessa forma, sensores permitem, assim, a captação de informações de componentes de solo, de componentes de plantas e de desempenho animal. Os dados capturados são processados em plataformas e sistemas, subsidiando o produtor na tomada de decisão dentro da porteira, no sistema produtivo; e fora dela, quando a produção vai para o varejo, processamento, indústria, distribuição, até a mesa do consumidor. Para começar a ser utilizada no Brasil, a tecnologia 5G aguarda leilão da nova geração de internet, previsto para o segundo semestre deste ano.

A conectividade via fibra óptica também pode atender regiões rurais desde que próximas ao perímetro urbano, já que depende de cabeamento para a conexão de internet. O modelo é considerado de alta performance sendo imune a interferências e falhas de sinal.

Para a implantação de algumas infraestruturas de conectividade, o Mapa atuará em parceria com os entes de governo para disponibilização de linhas de crédito com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), do qual participará do comitê gestor, ainda pendente de regulamentação via decreto.

A conectividade é apenas a infraestrutura para a chegada da internet às comunidades rurais. A partir desse caminho pavimentado outras camadas como aplicações e serviços digitais serão a alavanca para o agro digital. Assim, o desenvolvimento de plataformas e programas de internet das coisas no campo; a integração de bancos e plataformas de dados para prover painéis estratégicos; o desenvolvimento de marketplaces digitais dentre outras aplicações se tornam fundamentais para o segmento.

Polo Tecnológico do Agro

Londrina foi a primeira cidade do País a receber a chancela do Mapa como “Polo Tecnológico do Agro”, em solenidade realizada em novembro de 2019 no Parque de Exposições Ney Braga, sede da Sociedade Rural do Paraná, e que contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Para ser considerado “Polo Tecnológico”, foi reconhecido um conjunto de características formalmente instituídas na cidade como instituições de ensino, pesquisa, governança, entidades, empresas e produtores rurais que conferiam à cidade essa titulação. É um projeto importante porque pode atrair parceiros interessados em firmar acordos de cooperação em iniciativas comerciais, de ensino e pesquisa para o desenvolvimento de estratégias e novas soluções para o setor.