| |

CV Folha 5m de leitura

Ausência de Raphael Veiga na seleção lembra injustiça com Alex

Craque do Palmeiras vive melhor fase da carreira e mesmo assim não teve chances na Seleção de Tite

ATUALIZAÇÃO
27 de maio de 2022

CV Folha
AUTOR

Talvez nenhum jogador do futebol brasileiro esteja jogando no mesmo nível que Raphael Veiga. O craque do Palmeiras, formado no Coritiba e com passagem vitoriosa pelo Athletico, é o clássico meia canhoto. Tem bastante qualidade técnica e sabe pensar o jogo. Mas Veiga ainda tem um diferencial – é extremamente decisivo e sempre aparece quando a equipe precisa. Com a Copa do Mundo se aproximando, as chances de ele viajar para o Catar diminuem. Torcedores e apostadores já se perguntam se, afinal, ele será convocado ou não. Quem gosta de fazer previsões relacionadas ao futebol pode obter mais informações na Apostagolos.

Soccer player in action on a professional arena full of spectators. Sport stadium made in 3D
 

Veiga vem demonstrando consistência há pelo menos quatro anos, desde que teve uma temporada vitoriosa com o Athletico. E o meia tem sido decisivo. Em 2018, na final da Copa Sul-Americana, contra o Junior Barranquilla, deu bela assistência para Pablo marcar o gol da equipe paranaense. Já pelo Palmeiras, entre outros momentos de destaque, balançou as redes nas finais da Supercopa (2021), Libertadores (2021), Mundial de Clubes (2021) e Campeonato Paulista (2022).

O caso de Veiga lembra o de outro meia canhoto, que também iniciou a carreira no Coxa e marcou época no Palmeiras. Em 2002, Alex não foi convocado para o Mundial da Coreia e do Japão, e até hoje esse fato é tratado como uma das maiores injustiças do futebol brasileiro. E sua ausência foi bastante inesperada, porque, na ocasião, o treinador da seleção era Luiz Felipe Scolari. Felipão e Alex haviam chegado praticamente juntos ao Palmeiras, em 1997, e trabalharam no clube até 2000, época mais do que vitoriosa na história palmeirense.

Alex era um meia cerebral e de uma categoria rara hoje em dia. Na época havia muitos concorrentes de peso, mas ele certamente tinha espaço no elenco que foi para a Copa do Mundo. Nem quando Emerson precisou ser cortado às pressas devido a uma lesão, Scolari chamou o meia com quem havia trabalhado. Preferiu levar Ricardinho, então jogador do Corinthians, para o Mundial.

Se Veiga, o melhor jogador em atividade no Brasil, não for para a Copa do Mundo, Tite dará um sinal claro de que não é uma boa ideia jogar no país. Afinal, dificilmente ele não seria convocado se estivesse jogando no mesmo nível em algum time médio da Europa. Portanto, a convocação do meia palmeirense é também um debate sobre nosso futebol: até que ponto as pessoas que comandam a seleção brasileira valorizam os campeonatos disputados aqui?

Esse conteúdo é restrito para assinantes...
Faça seu login clicando aqui.
Assine clicando aqui.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS