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Lucas Araújo - Inovação e empreendedorismo 5m de leitura

Prêmio Prefeito Inovador para Ulisses Maia

Chefe do Executivo maringaense foi agraciado com o Prêmio pela implantação de software de inteligência artificial na Procuradoria Geral

ATUALIZAÇÃO
10 de dezembro de 2023

Lucas V. de Araujo
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Prêmio Prefeito Inovador para Ulisses Maia

Nunca me canso de afirmar que inovação é fator cultural. Não é jurídico, tampouco tecnológico. O fator determinante é a vontade da(s) pessoa (s) em colocar em prática algo diferenciado. Quando se trata do setor público, meu raciocínio torna-se ainda mais indubitável, já que a autoridade tem plenos poderes para fazer a coisa acontecer ou sepultar de vez o novo.

Por essa e outras razões deve ser celebrada a conquista do Prêmio Prefeito Inovador para Ulisses Maia de Maringá. O chefe do Executivo maringaense foi agraciado com o Prêmio pela implantação de software de inteligência artificial na Procuradoria Geral do Município. O programa de computador é responsável por otimizar a leitura de processos judiciais, sugerir petições e fazer peticionamentos de forma automática. A premiação ocorreu durante o 9º Congresso Paranaense de Cidades Digitais e Inteligentes, que também reconheceu outros projetos da prefeitura de Maringá, como o Centro de Controle Integrado (CCI) da Guarda Civil Municipal e o ACE Mobile: informatização no combate à dengue.

Conversando com o prefeito, ele ainda me lembrou de outros projetos inovadores na cidade, como o Programa Sandbox Maringá, cuja ideia é possibilitar testes de inovação científica, tecnológica e empreendedora, inclusive de ferramentas em que ainda não há previsão legal, na prefeitura maringaense. A iniciativa pioneira permite, por exemplo que uma startup validade sua inovação ajudando a gestão pública na resolução de problemas.

Todas essas iniciativas são fruto da vontade do prefeito de tornar Maringá referência em inovação no Paraná e no Brasil. No nosso país os chefes do Executivo, em âmbito municipal, estadual e federal, são as autoridades com melhores condições de colocar em prática propostas inovadoras e fomentar a inovação nos ecossistemas nos quais estão inseridos. O Poder Legislativo, sem dúvida, tem papel fulcral, já que cria as leis, porém quem executa são os prefeitos, governadores e o presidente.

Algumas pessoas, inclusive quem trabalha com inovação, pensa que os prefeitos têm baixíssima autonomia na tomada de decisões dirigidas ao ambiente inovador. Engana-se. Não só porque há possibilidade de encaminhar recursos ao fomento, mas notadamente porque é a movimentação local do ecossistema que torna o ambiente propício à inovação. Não adianta nada haver uma diretriz macro, oriunda do governo federal, por exemplo, e localmente as autoridades não aderirem. Isso acontece muito no Brasil, principalmente porque há forças antagônicas atuando no mesmo espaço.

O Poder Público é peça-chave no quebra-cabeças da inovação. Empresas sozinhas não conseguem fazer tudo, por mais que a iniciativa provada tenha recursos, agilidade e autonomia. A máquina pública precisa dar o exemplo, simplificar processos e ajudar os menos abastados a terem condições de buscar seu lugar no espaço. A meritocracia é bom, mas precisa ser justa ;) 

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A opinião do colunista não é, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina

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