| |

INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO 5m de leitura

Invest Paraná quer criar conexões fortes para gerar inovação

ATUALIZAÇÃO
04 de setembro de 2023

Lucas V. de Araujo*
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Invest Paraná quer criar conexões fortes para gerar inovação

Seguindo meu propósito de entrevistar as principais lideranças do Paraná no campo da inovação, hoje trago as colocações do presidente da Invest Paraná, José Eduardo Bekin:

1) A Invest Paraná é uma entidade, conforme descrito em seu próprio site, que atua notadamente realizando conexões entre os mais variados entes governamentais e empresas. Quando falamos em termos de inovação, integração entre os entes do ecossistema é um dos fatores mais relevantes, já que a inovação é transversal e depende de elementos distintos. Como a Invest Paraná vem realizando a integração para gerar novos negócios inovadores no estado?

Na Invest Paraná estamos sempre trabalhando com novos aplicativos e em busca de novos sistemas inovadores e que façam sentido no ecossistema. A Invest PR trabalha com um programa chamado Inova Invest em que selecionamos Startups que nos ajudem a acelerar os programas.

Alguns exemplos das Startups que fazem parte do programa são, o Citymatch, cujo objetivo é selecionar informações relevantes e dados estratégicos para fazer a relação entre empresa e Municípios; a Repenso, que trabalha com inovação em cima de sustentabilidade e carbono; e a Ceres Agrointeligência, que tem foco em tecnologia para o agronegócio. De qualquer forma, nossa atuação mais importante é o trabalho entre nós e os municípios para trabalhar na inovação com resultado, não em uma inovação vazia e sem propósito.

2) De acordo com o Modelo Triplo Hélice, que gerou os melhores ecossistemas de inovação do mundo e faz parte das políticas públicas brasileiras há décadas, o Estado tem como uma das suas principais atribuições criar um ambiente propício ao desenvolvimento de inovação, por meio, por exemplo, de um arcabouço jurídico. No Brasil, o Estado também assumiu outras atribuições, como a injeção de recursos e ainda a realização de pesquisas científicas, como nas universidades públicas, já que as empresas privadas fazem em reduzida escala, ao contrário do que ocorre em outros países. Como a Invest Paraná vem estimulando o empresariado paranaense, assim como de outros países, a contribuir para que o Estado tenha um potencial de inovação maior e, ao mesmo tempo, gere novos negócios?

Entendemos que o principal papel da Invest Paraná na questão da Tríplice Hélice é aproximar as empresas, principalmente as que já tem dentro das suas estruturas a questão de P&D, mostrando as Universidades, o sistema de P&D da FIEP e da Fundação Araucária, que são desconhecidos para a maioria das empresas, por mais que sempre promovemos e discutimos a questão. A indústria está muito longe das Universidades no Brasil, então o maior papel do Governo, mais que colocar recursos, é aproximar e trabalhar em conjunto, unindo Universidades e Indústrias. Ressalto a importância da Fundação Araucária e da FIEP, onde estão os nossos parques de inovação, e dos 17 polos de inovação do Paraná.

*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP). Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista internacional e mentor de startups. @professorlucasaraujo (Instagram) @professorlucas1 (Twitter) - A opinião do colunista não representa, necessariamente, a da Folha de Londrina

Esse conteúdo é restrito para assinantes...
Faça seu login clicando aqui.
Assine clicando aqui.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS