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INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO 5m de leitura

Inovar por meio da sustentabilidade no campo, propósito da SEAB

ATUALIZAÇÃO
01 de janeiro de 2024

Lucas V. de Araujo
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Inovar por meio da sustentabilidade no campo, propósito da SEAB

Trazemos hoje a segunda parte da entrevista que realizei com o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Norberto Ortigara. Reiniciaremos a entrevista a partir da primeira pergunta da entrevista, cuja primeira parte publicamos na semana anterior:

1) O setor agrícola paranaense se destaca no desenvolvimento de inovação. Porém, nem sempre essa inovação chega na agricultura familiar. Dentre as razões, estão dificuldade de a extensão rural pública realizar transferência e difusão de tecnologia, linhas de crédito subsidiadas para aquisição de novas tecnologias, infraestrutura de telecomunicações e até inovações pensadas exclusivamente para pequenas propriedades, já que a maioria das novas tecnologias são direcionadas às grandes propriedades. Como a Secretaria de Agricultura do Paraná vem lidando com esses desafios?

O Paraná tem 98% de eletricidade gerados a partir de fontes de energia limpa, ainda muito dependente do sistema hídrico. Mas nós temos evoluído de forma eficiente na implantação de sistemas de placas solares fotovoltaicas. O próprio estado assume parte do custo do dinheiro ou integralmente, conforme o tamanho do agricultor, por meio dos programas Banco do Agricultor Paranaense e RenovaPR.

O que estava um pouco represado era o aproveitamento da montanha de dejetos animais ou de biomassa que produzimos no Paraná, já que nós somos grandes produtores de leite, de porco, de frango, produtos que geram muitos dejetos. E nós, por avanço da tecnologia e dos modelos de negócios desenvolvidos, incentivamos agora a produção de biogás para uso térmico e elétrico, ou refino para geração de biometano e uso equivalente ao gás natural em tratores e caminhões, com o desafio futuro de produzir hidrogênio para a produção de fertilizantes, de ureia verde etc.

Já temos aí dezenas de unidades funcionando, e acredito que isso vai evoluir de forma bastante consistente, ajudando inclusive a reduzir ou mitigar passivos ambientais que temos na forma de excesso de dejetos, especialmente na suinocultura.

O Paraná também desenvolveu o seu programa de Agricultura de Baixo Carbono, que é uma contribuição à mitigação dos gases de efeito estufa e que tem mais de 10 ferramentas disponíveis. Destaco aqui o plantio direto de qualidade, integração lavoura-pecuária-floresta, cultivo florestal, bioinsumos, plantio direto em hortaliças e terminação de animais em prazo mais curtos. Temos metas estabelecidas para cada uma dessas ferramentas.

Por fim, mas não menos importante, estamos conversando e já partindo para as últimas definições em relação à realização de concurso público para a contratação de mais de 400 servidores para o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná). Vamos fortificar tanto a pesquisa quanto a extensão rural, a capacidade de atendermos de forma eficiente e atualizada em termos de tecnologia os produtores rurais.

Continua na próxima semana...

Desejo um Feliz Ano Novo a todos meus queridos leitores ;)

*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP).

Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista internacional e mentor de startups. @professorlucasaraujo (Instagram) @professorlucas1 (Twitter)

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