Descobri a cúrcuma. Você a conhece? Originária da Ásia, a planta pode ser chamada também de turmérico, raiz-de-sol, açafrão-da-índia, açafrão, gengibre amarelo ou, como é mais conhecida, açafrão-da-terra. Herbácea da família do gengibre, é muito utilizada na culinária como condimento ou como corante natural de cor amarela e brilhante. Pode ser utilizada em pó ou in natura, a partir do próprio rizoma, o caule de onde se obtém seu conteúdo.

Sempre achei muito chique quem usasse ou quem soubesse o que é a cúrcuma. Até que resolvei pedir, entre outros itens, a alguns produtores da Feira do Lago, que me enviaram o produto. Confesso, entretanto, que até a hora que recebi, não tinha ideia do que faria com o item. E, obviamente, fui pesquisar na internet. E descobri que é possível combinar o tempero com uma série de receitas. Entre elas, muitas de risoto.

Dá para harmonizar o açafrão com risoto de camarão com palmito, de calabresa, de frango, de queijos, de ragu de costela ou de carneiro e até de legumes. São muitas as opções. Inclusive dá para fazer chá, pois, o condimento é um poderoso anti-inflamatório natural, além de ser antioxidante, auxiliar no combate a algumas doenças e ajudar na digestão. Embora eu não goste muito do chás, já coloquei na lista para prepará-lo. Mas, antes de tudo, fui fazer risoto com o ingrediente. Afinal, é minha especialidade.

A cúrcuma ou açafrão vai bem com pratos diferentes, dando à comida uma cor muito atraente, além de sabor
A cúrcuma ou açafrão vai bem com pratos diferentes, dando à comida uma cor muito atraente, além de sabor | Foto: Pixabay/ Divulgação

Peguei o caule, descasquei e ralei. Não fica em pó, mas, em pedaços úmidos que utilizei para temperar o arroz, depois de fritá-lo na manteiga, alho e cebola. É aí que ele vai pegar uma corzinha e um brilho muito bonitos. E aí, como gosto de inovar, fiz de um jeito diferente de tudo o que encontrei na internet. Peguei um funghi porcini secchi, que comprei da Cris e do chef Alessandro Saba, do Vittorio Emanuelle II, hidratei na água quente e misturei com presunto parma crocante, adicionando uns pedacinhos de queijo parmesão, gorgonzola e brie.

Deu água na boca, né? E, sim, ficou delicioso. Para acompanhar, fiz uma picanha assada na cerveja com shoyu. Mas, esse prato não ficou tão bom assim. Passou um pouco do ponto e não ficou tão macio. Acho que preciso treinar mais e ficar mais atento ao forno. Para harmonizar? Dois vinhos italianos deliciosos, um Montepulciano d'Abruzzo e um da Puglia. Quer coisa melhor? Só a companhia mesmo! Registro para meus amigos André Salvador e Giovanna Brunello, que toparam se aventurar nos sabores gastronômicos lá de casa.