Um tiquinho da culinária asiática em Londres

À mesa, um bom rosé e uma conversa animada. Minha prima, Paola Luporini, e eu atualizávamos a conversa enquanto esperávamos, com grande expectativa, o que estaria por vir da culinária asiática do OISOI, uma rede que tem dois restaurantes em Londres e pelo menos uns três em Sheffield, na Inglaterra. No cardápio, pratos orientais com toques modernos. No caso da unidade que escolhemos para jantar, a assinatura leva o nome de Leo Chan.

De repente, a simpática Tania nos interrompe. De origem portuguesa, veio nos presentear com duas taças de champagne simplesmente porque falávamos o mesmo idioma que ela. Foi quando chegou a entradinha que pedi para experimentar: um caranguejo rosa crocante, temperado com alho, pimenta coentro e pimentão. Delicioso! Diferente e muito saboroso. Poderia tranquilamente ser uma porção de isca à beira de alguma praia paradisíaca no Brasil. E o melhor de tudo, uma fritura leve, sem agredir o estômago. Vale cada pound gasto!

Não comemos muito, pois, estávamos de partida para um rolê. Paola preferiu escolher uma espécie de frango xadrez. Quando Tania voltou para perguntar o que havíamos achado, estávamos revendo as fotos que fizemos, inclusive para esta coluna. Comentei que, além do atendimento, o prato, de fato, estava muito elogiável e que eu escreveria sobre ele no jornal da longínqua Londrina, filha de Londres. Não deu nem tempo de respirar, ela foi buscar sua chefe e trouxe consigo duas sobremesas para degustarmos.

Uma delas era um mousse de manga com parfait de maracujá e flocos crocantes de chocolate, sob a iguaria. De comer rezando, como diz o ditado. Entretanto, o que me pegou de jeito mesmo foi o “Alma Negra Colorida”, que nada mais é do que um mousse de chocolate, com parfait de maracujá, geleia de framboesa e flocos crocantes de chocolate. Você sabe, querido leitor (a): o chocolate tem meu coração! O importante, todavia, mais que qualquer prato diferente que se experimente, é a experiência da viagem gastronômica. É estar pronto, preparando e aberto para conhecer novos sabores.

Ao fim da jornada, fica a sensação de que temos um lugarzinho reservado em qualquer OISOI que encontrarmos pelo mundo. Não apenas porque a gastronomia surpreendeu positivamente, mas, também, porque a portuguesa Tania, antes de saber que estávamos a avaliar os pratos, abriu seu sorriso e nos acolheu naquele ambiente asiático, do cardápio aos donos, incluindo os funcionários. Se voltamos? Com certeza! E prepare-se: vem aí uma temporada londrina, de Londres!