Na beira da Represa Chavantes, o protagonista da gastronomia é o peixe. Lambari e tucunaré são alguns dos mais comuns na região. Mas, existem outros que podem ser encontrados, como o pacu e o corimba. A represa atinge diversos municípios do Norte Pioneiro do Paraná e do Médio Paranapanema, mas, essencialmente, está na divisa das cidades de Ribeirão Claro (PR) com Chavantes (SP), no sudoeste paulista. Um tour de aventura pela região permite que a gente tenha contato não apenas com belas paisagens, mas, também com o que há de melhor na gastronomia.

No Recanto da Cascata, por exemplo, há diversas porções de peixe frito. Você pode escolher o que melhor agradar ao paladar e degustar com uma boa cervejinha ou um suco, mirando de frente a pequena cachoeira que tem por ali. O restaurante fica, literalmente, do lado de uma das cascatas, que tem duas quedas. A outra, um pouco mais abaixo, tem um pequeno espaço para banho. Ou melhor, tem bastante espaço para mergulho, entretanto, com o período seco, boa parte do curso do riacho que desemboca na Represa Chavantes está seco. Em épocas de chuva, o leito fica maior e mais espaçoso.

Por outro lado, a região tem ainda o melhor da gastronomia gourmet. Na Pedra do Índio, por exemplo, distante 9 km do asfalto, existem dois lugares para alimentação. O restaurante e a barraca do hambúrguer. Burguer artesanal, cheddar, bacon... os sanduíches têm nome sugestivos, conectados à atração do local, uma pedra que se assemelha ao rosto de um índio, olhando de um dos lados. Entre os atrativos, além da gastronomia, é possível subir a pedra e ter uma visão privilegiada de parte da represa, descer a maior tirolesa do Paraná, com 1 mil metros de cumprimento e até mergulhar na represa, além de pescar e fazer passeio de barco.

Pertinho dali, na Fazenda São João, 2km antes, está o Morro do Gavião, que tem mais de 700m de altitude em comparação com o nível do mar e uma subida de cerca de 350m sob um sol forte e um nível íngreme. A vista vale a pena: é possível ter uma visão de 360 graus da represa e do vale que a margeia, com seus morros e formações rochosas. Em duas semanas, subi duas vezes. E até topo voltar se me levarem de novo! O rolê é cansativo. Mas, para quem quiser, dá para fazer uma paradinha na descida no restaurante, que tem opções de cafés da manhã, lanches e almoço. Aliás, é uma atração à parte, já que muita gente vai até ali só para desfrutar das delícias gastronômicas.

Além de tudo isso, o turista pode fazer amigos e, como eu, conhecer uma viajante nordestina que mora em Assis e nos convidou para degustar o seu tradicional Baião de Dois. Não vale a pena pegar a estrada e fazer um bom intercâmbio gastronômico?

Imagem ilustrativa da imagem Intercâmbio gastronômico