Faz uns 15 anos que eu estava com água na boca para comer a tal da batata rosti. Eu não fazia ideia do que era isso, acho que meu paladar não era tão refinado assim. A promessa era da grande amiga Lourdes Mazzei Nascimento, que se concretizou recentemente, num almoço de domingo, numa tarde quente da primavera londrinense. Simples e, ao mesmo tempo, elaborada. Gostosa demais, independentemente do recheio. Mas, afinal, que prato é esse?

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A batata rosti também é conhecida como batata suíça. Isso porque, obviamente, sua origem é de Cantão de Berna, considerada a parte alemã da Suíça. Entretanto, conforme muda de região, também variam os ingredientes. E isso fez com que suas possibilidades fossem infinitas. O termo significa que os itens preparados ficam dourados e crocantes. Basicamente, o prato tem como base a batata ralada fritada na manteiga ou no azeite. Para isso, pode-se incrementar com temperos, desde cebola, alho, sal e pimenta.

O recheio, é outra história. Dá para utilizar queijos, bacon, legumes, todos os tipos de carne, enfim, o que a criatividade mandar, o que a vontade pedir. Pode ser de queijo muçarela, prato, brie, gorgonzola, parmesão. E, para quem gosta, assim como eu, dá para incrementar com bacon ou com uma linguiça calabresa. Se a vibe é ser mais fitness, troque o bacon e a calabresa por um peito de peru, que fica delicioso também. Ou um frango, quem sabe? Uma das opções que experimentei foi com carne moída, que também vai super bem. Nesse caso, dá para acrescentar outro ingrediente, seja milho, ervilha ou palmito.

Requeijão e cream cheese também são alguns dos queijos que deliciam qualquer componente. Ou, então, dá para preparar com quatro queijos. Haja lactase para não passar mal, mas, já me deu água na boca de novo! Bacalhau, camarão, carne-seca, salsicha e hambúrguer também podem virar recheio. Entre as opções, também podem estar os ingredientes veganos, como um brócolis, uma couve-flor, quem sabe os diferentes tipos de cogumelos (champignon, shitake, shimeji)? E a batata doce? Dá para fazer também: rechear a batata rosti com batata doce.

Batata rosti: prato de origem suíça ganha adaptações mundo afora
Batata rosti: prato de origem suíça ganha adaptações mundo afora | Foto: Fábio Luporini/ Divulgação

E por falar em doce, os recheios não precisam ser salgados. E aí a criatividade do brasileiro ganha asas. Chocolates branco e preto, doce de leite, goiabada, banana, maçã ou pera caramelizadas, Nutella e por aí vai. Olha que isso tudo pode virar tendência. Até porque eu nunca vi batata rosti no cardápio de algum restaurante londrinense. Enquanto não aparece por aí, o importante é a gente experimentar em casa e conferir as delícias do resultado!