Um homem chega ao dono de um circo e lhe pede emprego. O dono pergunta o que ele sabe fazer. O homem diz que imita pássaro. O dono do circo cai na gargalhada e diz que isso nada tem de extraordinário, pois todo mundo sabe imitar um ou outro passarinho. Chateado e cabisbaixo, o homem então sai voando pela janela afora.

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Diferencie-se

Não é como nos filmes

O final surpreendente e intrigante desta pequena história é o mal característico do nosso século: o sentimento de supremacia da razão pessoal, ou achar que as pessoas devem pensar o que nós pensamos, e saber o que sabemos.

Chegamos a acreditar tão absoluta e absurdamente nas nossas crenças e julgamentos que nos permitimos ignorar talentos incríveis que vivem lado a lado conosco ou, o que é pior, condenar sumariamente pessoas inocentes.

Eu particularmente adoto uma conduta. Cada vez que entro num assunto com alguém, antes de achar que ele o domina, faço questão de defini-lo com minhas próprias palavras. Isso traz clareza entre nós e evita mal-entendidos.

Quantas vezes falei sobre gestão a pessoas que imaginavam ou fingiam saber – mesmo gerentes. Depois que esclareço o que entendo, tudo muda. Assim também, quando eu ignoro o que o outro diz, não tenho problema algum em pedir que ele o explique.

Fica aqui a minha proposta para que você também mude a sua postura. Invista um tempo a mais para trazer luz sobre as coisas. Você terá a percepção de garimpar diamantes e talvez se veja livre da tendência de pensar que o único modo de imitar um passarinho seja assobiar ou simplesmente dizer "piu piu".

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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